São Paulo, segunda-feira, 27 de abril de 2009

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Kléber Pereira encabeça lista de fiascos santistas

Trio jovem, goleiro e estádio não conseguem parar Corinthians no 1º jogo da final

Neymar e Paulo Henrique têm atuação apagada em decisão que viu time perder em casa para o rival pela 1ª vez em 23 anos no Paulista


DOS ENVIADOS A SANTOS

Um trio jovem e ousado na frente. Um atacante goleador. Um goleiro que cresce em grandes jogos. E um estádio tido como alçapão. Nada funcionou, e todos os pilares que sustentaram o Santos até a decisão ruíram em menos de uma semana.
De quarta-feira, dia da eliminação santista na Copa do Brasil ante o modesto CSA, até o final do primeiro duelo diante do Corinthians, ontem, o clube viu seus pontos fortes falharem.
Exceção feita a Madson, que correu por ele e por todas as peças-chave do treinador Vagner Mancini, principalmente o centroavante Kléber Pereira.
Em contrapartida, Neymar, 17, e Paulo Henrique, 19, apelidado Ganso, foram mal. O primeiro chegou a discutir com torcedores que pediam mais de seu xodó. O segundo deixou a partida aos 31min da etapa final, substituído por Róbson.
O mais xingado, contudo, foi o camisa 9 da equipe. Como já havia ocorrido diante do CSA.
Kléber Pereira, 33, teve em seus pés a chance de levar o Santos às oitavas de final da Copa do Brasil. Perdeu, pelo menos, três chances que um goleador não costuma desperdiçar.
"O Kléber é um atacante de ponta e faz cinco, seis gols, mas também erra sete, oito. É a conta de um artilheiro", declarou Mancini, após a derrota por 1 a 0 para a equipe de Alagoas.
Ontem, o jogador teve outras quatro chances até o momento em que foi trocado por Roni, aos 30min do segundo tempo, quando nem a torcida nem o técnico escondiam mais a insatisfação com sua atuação.
Logo aos 5min, Kléber Pereira recebeu dentro da grande área corintiana, enrolou-se com a bola e deu sinais de que a fase ruim não havia acabado.
Com o gol de falta marcado pelo zagueiro Chicão, aos 11min, aumentou a pressão para que o artilheiro do time no campeonato, com dez gols, finalmente desencantasse.
Depois, com o primeiro gol de Ronaldo na partida, aos 25min, cada toque errado do atacante era motivo para xingamentos pesados vindos das cadeiras da Vila Belmiro.
Aos 37min, na cara do goleiro Felipe, o camisa 9 demorou a finalizar, foi desarmado e, no rebote, Neymar completou o desastroso lance com um chute em cima do arqueiro. Aos 43min, Kléber Pereira tentou completar cruzamento de Ganso com um carrinho. Furou.
"Precisa ter um pouco mais de atenção", disse, ainda abatido, o jogador no intervalo.
A precisão do atacante continuou precária no segundo tempo. Aos 10min, o atleta cabeceou por cima do travessão, seis minutos antes que Triguinho descontasse para os donos da casa em um cruzamento rasteiro que Felipe tentou tirar com o pé e levou a bola às redes.
Substituído, viu de fora Ronaldo fintar Triguinho e encobrir Fábio Costa, que já havia escorregado no lance do primeiro gol corintiano e, de novo, nada pôde fazer. Restou lamentar a pontaria. "A gente errou bastante, e pagamos o preço."
"Nos últimos dois jogos, o número de chances desperdiçadas chamou a atenção. Fica a imagem de que só ele errou. Preciso do Kléber inteiro. Se houve erros, vamos melhorar até domingo", disse Mancini.
Nem a Vila Belmiro, tida como palco difícil para qualquer rival santista, ajudou. Desde 1986, o time anfitrião não era batido pelo Corinthians por lá no Estadual. (PAULO GALDIERI, RENAN CACIOLI E RODRIGO BUENO)


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