São Paulo, segunda-feira, 27 de abril de 2009

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decisivo

Ronaldo encosta Corinthians no título

Contra santistas, atacante marca duas vezes e amplia vantagem do clube da capital, que agora pode até perder por 2 gols

Santos 1
Corinthians 3

Eduardo Knapp/Folha Imagem
Ronaldo festeja seu 1º gol no jogo de ida da decisão do Paulista, vencido pelo Corinthians na Vila contra o Santos de Fábio Costa

PAULO GALDIERI
RENAN CACIOLI
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

Graças aos pés de Ronaldo, o Corinthians está prestes a colocar as mãos no Paulista.
Com atuação precisa, o Fenômeno fez a diferença entre um empate, que já seria bom resultado, e a vitória que deixa os corintianos separados da taça estadual apenas por um desastre no próximo domingo.
Afinal, o Santos terá de ganhar do Corinthians no Pacaembu, onde o time paulistano tem uma sequência de invencibilidade de nove meses.
Para melhorar o cenário corintiano, os santistas precisarão ganhar a final por diferença de três ou mais gols para chegar a seu 17º título paulista e impedir o adversário de erguer seu 26º troféu no Estadual.
O atacante mais famoso do futebol brasileiro foi o grande responsável por construir toda essa vantagem a favor dos corintianos. Dois dos três gols de sua equipe, ontem, na Vila Belmiro, foram de Ronaldo.
Um, no primeiro tempo, com a marca dos centroavantes matadores. Aproveitando-se da desatenção da zaga rival, fez movimento rápido, domínio eficiente e arremate preciso, sem chances para Fábio Costa.
Mas foi na etapa final que o maior artilheiro da história das Copas do Mundo (15 gols) deixou sua marca na história da Vila. Ele anotou um golaço.
Em contra-ataque do Corinthians, o Fenômeno recebeu passe de Elias, dominou, cortou a marcação santista, viu Fábio Costa adiantado e tocou por cima do goleiro do Santos.
"Eu estava vendo que, em alguns lances, ele ficava bem adiantado. Estava com isso na cabeça durante o jogo e aproveitei a jogada que foi decisiva para o jogo", declarou Ronaldo.
Seu gol foi digno de ser visto e marcado na Vila, campo por onde desfilou Pelé e o esquadrão santista dos anos 60. E onde Ronaldo ainda não havia brilhado. Somente até ontem.
"Acho que joguei aqui pelo Cruzeiro e perdi. Não lembro. Mas é certo que é um caldeirão, a torcida pressiona bastante", falou o camisa 9 corintiano.
A atuação de Ronaldo, 33, arrancou elogios de companheiros, dos adversários e de Pelé.
Mas foi o treinador Mano Menezes quem resumiu seu centroavante. "Ele é um dos melhores do mundo. Tem uma trajetória brilhante e só comprova aquela frase: os craques não dão trabalho nenhum."
Os santistas discordam. Os corintianos, não.


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