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Estratégia errada frustra Barrichello
Piloto da Brawn GP tenta um pit stop a mais no Bahrein, acaba corrida em quinto e vê colega se distanciar na liderança
Depois de parada nos boxes, brasileiro tem dificuldades para ultrapassar Nelsinho e, ao fim da corrida, queixa-se de atitude do compatriota
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SAKHIR
Uma mudança de estratégia
sem sucesso, Nelsinho Piquet e
outra vitória de Jenson Button,
ontem, no GP do Bahrein, afastaram ainda mais Rubens Barrichello de seu companheiro de
equipe no Mundial de F-1.
O piloto da Brawn GP, que
completou a quarta etapa do
ano na quinta colocação, viu a
diferença aumentar de seis para 12 pontos. Mas não foi só.
O segundo lugar conquistado
por Sebastian Vettel no circuito
bareinita deixou o alemão da
Red Bull só um ponto atrás de
Barrichello -Jarno Trulli, da
Toyota, completou o pódio.
"Acho que ainda estou numa
posição ótima no campeonato
porque tenho o mesmo carro
do líder", declarou o piloto brasileiro, que marcou pontos nas
quatro etapas já disputadas e
teve o segundo lugar na Austrália, na abertura da temporada,
como seu melhor resultado.
"Nas corridas fora da Europa,
o momento foi do Jenson, que
ganhou três das quatro provas,
mas uma hora isso vira."
O resultado do brasileiro começou a se desenhar anteontem, no treino de classificação,
quando conseguiu somente o
sexto posto. À sua frente, classificaram-se três carros mais pesados do que o seu Brawn.
O motivo: a quebra da asa
dianteira de seu BGP 001, que
alterou o ângulo em dez graus e
contribuiu para que, mesmo
com o carro mais leve que o de
Button, Barrichello ficasse dois
décimos atrás do parceiro.
Na largada, a situação não
melhorou. Mesmo com menos
combustível que alguns rivais à
frente, o brasileiro não conseguiu nenhuma ultrapassagem e
manteve a sexta posição, logo
atrás de Vettel, que caiu duas
colocações. Timo Glock assumiu a ponta, seguido por Trulli,
Button e Lewis Hamilton.
A dupla da Toyota abriu a primeira rodada de pit stops na 11ª
volta, o que fez com que Barrichello pulasse para o quarto
posto até a sua parada.
Ao voltar à pista, saiu imediatamente atrás de Nelsinho, da
Renault, que tinha rendimento
pior que o seu, mas que o segurou por três voltas, período em
que perdeu seis segundos em
relação ao então líder, Vettel.
"Fiquei trancado atrás dele,
que estava uns três ou quatro
segundos mais lento", disse o
piloto da Brawn, que chegou a
fazer gestos para Nelsinho. "Ele
sabia que não ia terminar na
minha frente, não sei por que
não me deixou passar logo."
Foi aí que Barrichello e sua
equipe tentaram mudar a estratégia de dois para três pit
stops, para tentar recuperar o
tempo perdido atrás do compatriota. A intenção era pegar pista livre e, com o carro mais leve,
fazer voltas mais rápidas.
A segunda parada foi então
adiantada para a 26ª volta. Mas,
ao voltar, não conseguiu repetir
os tempos que vinha fazendo
antes. Na 47ª volta, quando teve de voltar aos boxes para o
terceiro pit stop, vinha na quarta colocação, atrás de Button,
Vettel e Trulli, todos na estratégia de duas paradas.
"A gente tinha o plano A e o B,
de dois e três pit stops. Tentamos uma estratégia diferente
para conseguir passar a galera,
para tentar alguma coisa, mas,
sinceramente, acho que, mesmo parando uma vez a menos,
não teria mudado muita coisa."
Para Barrichello, a melhor
colocação em Sakhir teria sido
a quarta colocação. "Talvez eu
tivesse chegado um pouco à
frente. Mas ainda não é hora de
jogar a toalha. As coisas estão
dando um pouco mais errado
do meu lado que do outro."
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