São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 2011

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Ataque e defesa

Em 20 dias, Muricy Ramalho impõe seu estilo de jogo e faz o Santos, que hoje estreia nos mata-matas da Libertadores, abandonar seu individualismo

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Desde que chegou ao Santos, há 20 dias, o técnico Muricy Ramalho prega que é importante montar o time de acordo com as características dos jogadores que ele possui.
O treinador, porém, já conseguiu implantar a sua própria filosofia e mudou uma tendência desta geração de santistas, algo que seus antecessores não foram capazes.
Hoje, ante o mexicano América, na Vila Belmiro, pela primeira partida das oitavas de final da Libertadores, o técnico poderá reforçar que a equipe encontrou o equilíbrio entre o ataque e a defesa, qualidade que Dorival Jr., Adilson Batista e Marcelo Martelotte não impuseram.
Em cinco jogos, foram nove gols marcados e só dois sofridos. A média de artilharia (1,8 gol por partida) é a menor entre os quatro técnicos, mas os buracos na defesa (0,4 gol por jogo) praticamente desapareceram.
Em 2010, com Dorival e Martelotte, foram 78 jogos, 180 tentos marcados (2,31 de média) e 103 sofridos (1,32).
Adilson, em 11 partidas como treinador, viu sua defesa ser vazada 14 vezes (1,27) e seu ataque funcionar em 23 oportunidades (2,09).
Martelotte, em sua segunda passagem, teve números praticamente iguais.
"Não acredito muito nesse negócio de ter a minha cara, de ser família. Tenho minhas ideias e convicções e passo isso aos jogadores", afirmou o atual treinador santista.
Com um elenco recheado de talentos individuais, como Neymar e Paulo Henrique Ganso, Muricy reiterou sua vontade de ver a equipe coletivamente mais forte.
"Às vezes, o jogador não faz o gol, mas está ajudando o time. Acho que deixamos um pouco a desejar com relação à equipe", disse ele.
"Gosto de um time organizado, com disciplina. Eles [jogadores] estão gostando.
Os que têm que fazer a diferença ainda fazem, e os que tinham que ajudar mais estão ajudando", afirmou.
Os santistas têm mostrado que não só entenderam as ordens do técnico como abraçaram o estilo dele.
"Era importante para o Santos ter um cara como o Muricy aqui. Com ele, a equipe se encontrou, cada um tem sua função, e conseguimos entender o que ele pede", disse o meia Elano.
"O time é completamente diferente de dois meses atrás.
Nós nos demos as mãos e nos erguemos juntos", falou o camisa 8, artilheiro da equipe na temporada, com 13 gols.
Elano, porém, ainda não marcou desde a chegada do novo treinador, algo que não o incomoda. "Minha função é um pouco diferente. Mas o importante é o coletivo."

NA TV
Santos x América-MEX
21h50 Bandsports e Sportv




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