São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2008

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Guga, agora, planeja até ser mochileiro

Aposentado e com US$ 15 mi na carreira só em premiações, brasileiro, que ainda joga duplas, quer percorrer Europa

Tenista, que namora a jogadora de vôlei de praia Carol, afirma que "não quer morrer solteirão" e indica que deseja fazer faculdade


FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A PARIS

Aposentado aos 31 anos e com quase US$ 15 milhões apenas em prêmios na carreira, Gustavo Kuerten disse ter vontade de fazer agora o que algumas pessoas fazem quando mais novas e com muito menos dinheiro no bolso: ""mochilar" por dois meses na Europa.
""Por 15 anos, minha prioridade foi o tênis", disse Guga, que ainda disputa a chave de duplas em Roland Garros, mas já se considera aposentado após o duelo de anteontem com o francês Paul-Henri Mathieu.
O ex-número do mundo disse que não quer morrer solteirão e que se casar é um processo natural agora que o tênis deixou de ser prioridade. Ele namora a jogadora de vôlei de praia Carol, filha da ex-jogadora Isabel. ""Tá legal [o namoro], a gente se conheceu há pouco tempo e está se conhecendo."
Guga, que gosta de surfe, brincou com o local de trabalho da namorada ("Ser na praia me ajuda.") e o fato de Isabel ser casada com o ex-tenista Thomaz Koch ("Tá tudo em casa.").
Após dizer que sempre gostou de cálculo e matemática e de estudar em grupo, Guga também demonstrou vontade de fazer faculdade, mas não a curto prazo. "É difícil entender a minha cabeça agora", disse.
O tricampeão de Roland Garros contou que teve longo período de sono após a despedida de anteontem. "Dormi das 23h30 até as 11h. Fazia quase dois anos que não jogava três sets, naquela intensidade, quase duas horas." A noite de sono foi bem diferente da véspera do confronto com Mathieu.
Torcedor símbolo do Avaí, Guga ficou ouvindo a transmissão da partida de seu time contra o Barueri pela Série B. "Fui dormir quando estava 2 a 0. Acordei às 4h, entrei na internet rapidinho e vi que empatou em 2 a 2. Faltou o torcedor."
Apesar da preparação para a despedida (três semanas treinando de seis a sete horas por dia), assim que foi definido seu rival em Roland Garros, o brasileiro sabia que teria poucas chances de disputar mais de uma partida em seu torneio preferido, mas diz estar tranqüilo. ""Estava convicto de que aquele seria meu último jogo."
A calma só não é maior porque há a partida de duplas, ao lado do francês Sebastien Grosjean, contra os também franceses Julien Benneteau e Nicolas Mahut. A data não foi definida.
A parceria, acertada no Masters Series de Miami, ficou ameaçada por causa de uma lesão de Grosjean, que nem está na chave de simples. ""Vai ser mais uma oportunidade de dar mais uma curtida mesmo."
Após encerrar a participação em duplas também, Guga planeja deixar Paris por alguns dias, mas volta à capital francesa para a homenagem que a organização do torneio organiza com campeões do evento em comemoração dos 80 anos da quadra Philippe Chatrier, a principal do complexo, no domingo da final masculina.
Antes disso, porém, Guga deve festejar com os amigos.
"A turma do pagode está aí. Com certeza, vamos incomodar um pouco em algum lugar."


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