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Por Mundial, Manaus quer gastar R$ 6 bi
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Para lutar pela vaga
amazônica na Copa, Manaus tem um projeto faraônico. O objetivo é investir R$ 6 bilhões em megaobras até o Mundial.
Para efeito de comparação, o Pan-2007, que reunia todos os esportes olímpicos em uma só cidade,
consumiu R$ 3,7 bilhões
no Rio de Janeiro.
Ressalte-se que a capital
do Amazonas projeta metrô de superfície, ampliação do aeroporto, reformas de CTs, centro de convenção, shopping e hotéis.
Em 2007, o Rio fez instalações esportivas e poucas
reformas estruturais.
Para o Mundial-14, o governo amazonense diz que
pode bancar R$ 4,8 bilhões
com seu próprio orçamento, mas espera contar com
recursos de empresas privadas de capital nacional e
internacional instaladas
na Zona Franca.
O projeto de Manaus como cidade-sede é desenvolvido em parceria com a
consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, que atua na
Copa-2010, na África do
Sul. Para o governador
Eduardo Braga (PMDB), é
possível "combinar equações entre a iniciativa privada e o poder público".
E negou que o projeto
seja faraônico. "Não é o
mais caro. Isso é uma inverdade. Nós estamos falando do projeto completo
de viabilidade para a Copa.
Os outros estão falando só
do estádio de futebol."
Dentro dos investimentos previstos para Manaus,
há os gastos com o estádio
Vivaldo Lima.
Inaugurado em 1970, foi
reformado em 1995, quando o Vivaldão consumiu
US$ 20 milhões em equipamentos modernos.
O estádio será implodido para os jogos da Copa.
No projeto, realizado pela
empresa de arquitetura
GMP, que projetou o estádio Olímpico de Berlim, o
novo Vivaldão terá forma
de arena multiuso. A engenharia e a arquitetura serão sustentáveis. O custo é
de R$ 500 milhões.
O Vivaldão terá 47.750
lugares, restaurantes (um
com vista para o gramado), lojas e, talvez, um museu. O estacionamento terá 12.450 vagas, incluindo
edifícios-garagem.
Como o estádio fica ao
lado da sede da vila olímpica, do sambódromo e de
uma quadra poliesportiva,
os prédios serão incorporados ao projeto. Mas tudo
será reformado.
Um dos articuladores do
projeto da Copa em Manaus, o secretário de Estado de Planejamento, Denis Minev, diz que o investimento não se transformará em um "elefante
branco". "A Fifa exige um
estádio de altíssima qualidade. Nós sabemos que o
nosso futebol hoje não
comportaria e não justificaria um estádio como esse. O conceito hoje é que
tudo seja um complexo esportivo, uma forma de
energizar aquela área."
O futebol amazonense
viveu o auge nos anos 70,
com times participando
do Brasileiro. Hoje, apenas
dez clubes disputam o Estadual do Amazonas. Só há
equipes na Série D do Nacional. E é difícil ultrapassar a marca de 5.000 pagantes no Vivaldão, em jogos profissionais locais.
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