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Vizinhos ignoram "janela" para a seleção
Campo de golfe, que mantém rotina, tem única vista para hotel cercado para o Brasil
MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
A seleção brasileira será
recebida hoje com cheiro de
tinta fresca no Fairway, que
servirá de concentração durante a Copa do Mundo.
Ontem, do gramado do
clube de golfe Randpark, que
fica colado ao hotel, foi possível ver que pelo menos 30 homens trabalhavam nos últimos retoques. Havia gente
pintando, trocando lâmpadas e consertando o telhado
de alguns chalés -ao todo,
64 quartos serão ocupados
pela delegação nacional.
Os trabalhadores eram observados por três policiais,
que não tiveram nenhum trabalho. E provavelmente não
terão enquanto a seleção ficar hospedada por lá.
A única janela para a intimidade do time de Dunga está nos gramados do Randpark, e ninguém por lá parece estar interessado.
Ontem à tarde, enquanto
os últimos retoques eram feitos, veteranos davam suas tacadas tranquilamente enquanto mulheres jogavam
cartas no salão. "Estamos excitados com a ideia de o Brasil treinar aqui, de fazermos
parte da festa da Copa. Mas a
rotina do clube vai continuar
a mesma", afirmou Doug
Bain, CEO do Randpark.
"Conversei pouco com
Dunga, mas senti uma grande preocupação com a privacidade, entendi que isso foi
um grande problema no
Mundial da Alemanha."
Em 2006, a concentração
da seleção em Weggis (SUI)
foi completamente aberta a
torcedores e imprensa.
O entorno do hotel em Johannesburgo foi cercado por
uma rede verde, que não impede totalmente, mas dificulta bastante a identificação de
quem está atrás dela.
Mas, de alguns pontos do
campo de golfe, é possível
ver boa parte do hotel. "Não
houve a solicitação, mas, se
nos pedissem para fechar o
clube, teríamos que dizer
não", acrescentou Bain. "O
clube é dos sócios." No Fairway, foi impossível entrar ou
falar com os funcionários.
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