EDUARDO OHATA

A revanche entre Evander "Real Deal" Holyfield e "Iron" Mike Tyson, desnecessário dizer, é o maior combate de boxe dos últimos tempos.
E quais são os atrativos presentes nesse esperado confronto que tanto interesse desperta no público?
Em primeiro lugar, Holyfield e Tyson são campeões cujos nomes são instantaneamente reconhecidos não apenas pelos fãs do boxe, mas por aqueles que acompanham o esporte apenas casualmente.
E ambos fizeram história. No caso de Tyson, trata-se do mais jovem pugilista a conquistar uma fração do título mundial dos pesos-pesados (o cinturão do Conselho Mundial), em 86.
Ao unificar o título dos pesos-pesados, que permaneceu fracionado por quase uma década, tornou mais fácil para o público entender e acompanhar o esporte.
Amanhã, em Las Vegas (EUA), poderá fazer história novamente, pois, se vencer, igualará a marca de Muhammad Ali e, ironicamente, Holyfield, como o terceiro peso-pesado a conquistar por três vezes o título mundial da categoria.
Holyfield, por outro lado, pode não ser tão popular, mas ganhou respeito e admiração enfrentando o grandalhão Riddick Bowe e, posteriormente, ao derrotar Tyson.
A imprevisibilidade quanto ao resultado da luta -as opiniões dos especialistas estão divididas sobre quem será o vencedor- também ajuda a atrair o interesse.
Ao contrário do que acontece na maioria das disputas de título na atualidade (quando boxeadores desqualificados ganham a chance de disputar títulos mundiais para serem inevitavelmente derrotados), Holyfield e Tyson têm chances iguais de, respectivamente, manter ou recuperar o cinturão amanhã, em Las Vegas (EUA).
Então, como diria o anunciador de ringue Michael Buffer, "Let's get ready to rumble..."



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