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BRASIL
Alemanha, que normalmente veste branco, define a cor
Seleção deve usar azul, como em 58, na Suécia
DOS ENVIADOS A SAITAMA
Tudo azul para o técnico Luiz
Felipe Scolari no Japão. O time dirigido por ele deve entrar em
campo no domingo para enfrentar o adversário de seus sonhos
vestido com sua cor da sorte.
Por ser a "mandante" -isso foi
definido em sorteio- do jogo final da Copa, a Alemanha terá o
direito de escolher com qual uniforme quer jogar. No caso de optar por seu conjunto número um
-camisas brancas, calções pretos
e meia brancas-, o time brasileiro será obrigado a jogar de azul.
Isso ocorrerá se o juiz da final
entender que amarelo e branco,
cores claras, são incompatíveis ao
bom andamento do jogo decisivo.
Pelas quartas-de-final, contra a
Inglaterra, que joga de branco e
azul escuro, o Brasil entrou em
campo com seu uniforme número dois -camisas e meias azuis e
calções brancos. Uma reunião entre hoje e amanhã, capitaneada
pela Fifa, decidirá o assunto.
A última vez que o Brasil disputou uma final de Copa de azul foi
em 1958, quando o time de Pelé e
Garrincha venceu a Suécia e conquistou o primeiro título do país.
Em 1994, ano do último título, a
equipe, então dirigida por Parreira, fez dois jogos decisivos de azul,
também contra Holanda, nas
quartas, e Suécia, nas semifinais.
Para Scolari, jogar a decisão
com o conjunto reserva não será
ruim. Logo após ter assumido o
time, em sua pior fase da história,
em julho do ano passado, ele lançou mão da camisa azul em um
jogo da Copa América sem que a
substituição fosse necessária.
Na ocasião, o Brasil venceu o
Peru e conseguiu respirar na
competição sul-americana.
Ao se justificar, em um primeiro
momento, Scolari disse que pretendia diminuir a pressão sobre
os jogadores ao afastar o time da
""amarelinha". Mais tarde, acrescentou que o azul era uma de suas
cores prediletas e que dava sorte.
O resultado da predileção do
técnico pela cor já começa a se refletir nas arquibancadas. Em Saitama, apesar da ""amarelinha",
símbolo de Zagallo em 1998, ter
predominado com folga, muitos
torcedores ostentavam azul.
O uso do conjunto reserva, no
entanto, pode diminuir a pressão
sobre os adversários, que não terão pela frente o uniforme mais
tradicional e respeitado do futebol mundial.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG,
RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)
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