São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 2002

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BRASIL

Alemanha, que normalmente veste branco, define a cor

Seleção deve usar azul, como em 58, na Suécia

DOS ENVIADOS A SAITAMA

Tudo azul para o técnico Luiz Felipe Scolari no Japão. O time dirigido por ele deve entrar em campo no domingo para enfrentar o adversário de seus sonhos vestido com sua cor da sorte.
Por ser a "mandante" -isso foi definido em sorteio- do jogo final da Copa, a Alemanha terá o direito de escolher com qual uniforme quer jogar. No caso de optar por seu conjunto número um -camisas brancas, calções pretos e meia brancas-, o time brasileiro será obrigado a jogar de azul.
Isso ocorrerá se o juiz da final entender que amarelo e branco, cores claras, são incompatíveis ao bom andamento do jogo decisivo.
Pelas quartas-de-final, contra a Inglaterra, que joga de branco e azul escuro, o Brasil entrou em campo com seu uniforme número dois -camisas e meias azuis e calções brancos. Uma reunião entre hoje e amanhã, capitaneada pela Fifa, decidirá o assunto.
A última vez que o Brasil disputou uma final de Copa de azul foi em 1958, quando o time de Pelé e Garrincha venceu a Suécia e conquistou o primeiro título do país.
Em 1994, ano do último título, a equipe, então dirigida por Parreira, fez dois jogos decisivos de azul, também contra Holanda, nas quartas, e Suécia, nas semifinais.
Para Scolari, jogar a decisão com o conjunto reserva não será ruim. Logo após ter assumido o time, em sua pior fase da história, em julho do ano passado, ele lançou mão da camisa azul em um jogo da Copa América sem que a substituição fosse necessária.
Na ocasião, o Brasil venceu o Peru e conseguiu respirar na competição sul-americana.
Ao se justificar, em um primeiro momento, Scolari disse que pretendia diminuir a pressão sobre os jogadores ao afastar o time da ""amarelinha". Mais tarde, acrescentou que o azul era uma de suas cores prediletas e que dava sorte.
O resultado da predileção do técnico pela cor já começa a se refletir nas arquibancadas. Em Saitama, apesar da ""amarelinha", símbolo de Zagallo em 1998, ter predominado com folga, muitos torcedores ostentavam azul.
O uso do conjunto reserva, no entanto, pode diminuir a pressão sobre os adversários, que não terão pela frente o uniforme mais tradicional e respeitado do futebol mundial. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG, RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)


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