São Paulo, domingo, 27 de junho de 2004

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Santos vence e confirma boa fase pós-Libertadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Com Libertadores, perto da zona de rebaixamento no Brasileiro. Sem ela, o melhor time do Nacional. É assim o Santos em 2004.
Ontem, o time venceu o Guarani no Pacaembu por 2 a 1 e mostrou mais uma vez que voltou a ser forte depois que o sonho do título sul-americano acabou.
Enquanto disputou as duas competições as mesmo tempo, o Santos teve um aproveitamento de 29% no Nacional. Depois que passou a se concentrar apenas no Brasileiro o time ganhou 83% dos pontos em disputa.
Nas últimas quatro rodadas, todas depois da queda na Libertadores, o clube somou dez pontos, marca que não poderá ser atingida por nenhum outro time. Tal desempenho se reflete na classificação. Antes de ser eliminado pelo Once Caldas na Libertadores o Santos era o 19º colocado. Agora já aparece no nono posto.
O Santos escolheu jogar em São Paulo para prestigiar sua torcida paulistana e obteve o retorno esperado. Mais de 20 mil santistas pagaram ingresso para ver o primeiro jogo da equipe na capital do Estado no Brasileiro-04.
O ótimo público no Pacaembu assistiu a um jogo que não tinha apenas o Santos em alta. O Guarani havia acumulado sete dos nove pontos possíveis nas três rodadas anteriores ao confronto de ontem. E o bom momento das equipes se repetiu no primeiro tempo.
Com Elano desempenhando o papel de Diego, suspenso, na articulação das jogadas e Preto Casagrande no meio-campo, o time do litoral criava seguidas chances. O Guarani respondia nos contra-ataques, especialmente com o atacante Jônatas, que se movimentava por todo o ataque.
Mas foi com uma tradicional jogada da equipe que o Santos abriu o placar. Aos 25min, Léo avançou pela esquerda e cruzou duas vezes. Na primeira, Robinho cabeceou na trave. Na segunda tentativa, a bola sobrou para Deivid, que chutou de primeira para vencer o goleiro Jean. Na comemoração, o atacante, que passou em branco nas últimas duas partidas, comemorou de forma entusiasmada com os torcedores no alambrado.
Em desvantagem, o Guarani foi ao ataque, mas não conseguia finalizar no gol do goleiro chileno Tapia, que fazia sua estréia. A equipe visitante era prejudicada pelo desempenho ruim de Viola, que era pouco acionado.
Os campineiros foram para o vestiário no intervalo com a promessa de reação na segunda etapa. "Vou adiantar mais o meu time", disse o técnico Zetti.
Mas quem resolveu mexer no time foi Vanderlei Luxemburgo. Ele sacou Preto Casagrande e colocou Lelo, o que reforçou a marcação. E a troca deu bons resultados no início.
O Santos continuou melhor no ataque, mas sem sofrer com os contra-ataques dos campineiros.
Só que pelo alto o time do litoral se mostrava vulnerável. Aos 18min, Alexandre cabeceou livre na pequena área, mas sem direção e perdeu a chance do empate.
Vendo seu time cair de produção, Luxemburgo fez duas substituições de uma só vez, colocando em campo Basílio, que teve seu nome pedido pela torcida, e Marcinho, um dos novos contratados do clube. Saíram Elano, que já impacientava os fãs, e Deivid.
Mas foi Zetti quem acertou a mão nas substituições.
Aos 39min, Netinho, que havia entrado ainda no início da segunda etapa, recebeu pela esquerda e chutou cruzado para vencer Tapia e empatar a partida.
Mas o esforço do Guarani não foi suficiente para evitar a derrota. Aos 43min, o lateral Paulo César chutou de fora da área, Jean não alcançou a bola e o Santos marcou o gol da vitória que o deixa cada vez mais próximo do bloco da frente do Brasileiro.
Na próxima rodada o Santos volta a jogar em São Paulo, só que dessa vez como visitante, já que terá pela frente o Corinthians no seu segundo clássico estadual na competição -no primeiro, mesmo jogando na Vila Belmiro, foi goleado pelo Palmeiras.
Já o Guarani, que terminou o sábado na 17ª posição, terá o Atlético-MG, no Brinco de Ouro, como próximo adversário.


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