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Parreira escala time criticado
Apesar da goleada sobre o Japão, técnico, sem Robinho, deve repetir a equipe da estréia no Mundial
Treinador diz que torneio deve ser conquistado com uma base inalterada, mas não descarta ter que buscar alternativas para o time
DOS ENVIADOS A BERGISCH GLADBACH
O Brasil que venceu o Japão,
que fez seu melhor jogo na Copa, ficou para trás. O Brasil que
estreou na Alemanha e foi
bombardeado por críticas estará de volta contra Gana.
Pelo menos é o que Carlos Alberto Parreira disse aos jogadores ontem à noite. Sem Robinho, com Adriano. E sem Gilberto Silva, mas com Emerson
como primeiro volante.
Em reunião no Castelo Lerbach, o técnico informou o time
que vai a campo hoje. O anúncio, na véspera do jogo, ocorreu
após o time ter se irritado com a
demora de Parreira em divulgar a equipe contra o Japão. Segundo ele, os atletas ficaram sabendo quem jogaria a cerca de
três horas do confronto.
A formação original do primeiro jogo, contra a Croácia,
resgata a dupla Ronaldo e
Adriano, que não funcionou até
agora. Com os dois em campo, o
time marcou só duas vezes,
com Kaká e o próprio Adriano.
Ronaldo, que hoje pode se
isolar como o maior artilheiro
em Mundiais, só igualou a marca do alemão Gerd Müller, com
14 gols, quando o atacante da
Inter de Milão esteve no banco.
Ao lado de Robinho, o jogador balançou as redes duas vezes contra os japoneses.
O desempenho de Ronaldo e
Adriano juntos foi questionado
até por companheiros de equipe, como Kaká, que cobrou
mais movimentação da dupla.
Contra Gana, Parreira pretendia usar Robinho ao lado de
Ronaldo. Adriano só estará em
campo porque o jogador do
Real Madrid sofreu uma lesão
na coxa e está fora da partida.
Avaliava que as características de Robinho se ajustariam
melhor à equipe diante de um
rival "semelhante" à seleção.
Em relação a Emerson, o
treinador optou por manter o
jogador, que foi titular durante
boa parte das eliminatórias,
apesar de ter elogiado Gilberto
Silva contra o Japão. "Os dois
são diferentes, mas ambos são
eficientes", afirmou.
"É um jogo perigoso. Pela
primeira vez, a gente vai enfrentar na competição um time
que tem jogo de cintura, muita
velocidade e agressividade. Temos de fugir do contato físico e
frear essa velocidade e a habilidade do time ganense", disse.
Parreira, assim como diante
do Japão, recusou-se a divulgar
oficialmente a escalação. Com
o discurso de que tem "23 soluções", falou que chegou a hora
de fazer mistério para o rival.
Ele disse que não pretende
mudar o sistema de jogo. Mas
afirmou que, se algo estiver errado, pode buscar outras alternativas para a equipe.
"Com os jogadores que temos, é possível armar várias
maneiras de jogar. Mas, se você
começar a tentar diretrizes diferentes a cada jogo, não vai a
lugar nenhum. Temos que ganhar a competição com um time, com uma base que não foi
mudada", explicou o treinador.
(EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
NA TV - Brasil x Gana
Globo, ESPN Brasil, Bandsports,
Sportv e Directv, ao vivo, às 12h
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