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Com folga
Kaká e Robinho chegam à fase de mata-matas mais descansados que outros candidatos a craque da Copa, que jogaram até o último minuto da 1ª fase
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
Dos candidatos a craque
da Copa-2010, os dois brasileiros são os que chegam
mais descansados à fase de
mata-mata da competição.
Kaká e Robinho jogaram
menos minutos que a maioria dos outros potenciais vencedores do prêmio de melhor
jogador do torneio na África.
Por motivos diferentes, o
camisa 10 e o camisa 11 do
Brasil não participaram da
última partida da fase de grupos, o empate por 0 a 0 contra Portugal, em Durban, que
garantiu à seleção de Dunga
o primeiro lugar do Grupo G.
Enquanto isso, o inglês
Rooney, o português Cristiano Ronaldo e outros tiveram
que ajudar suas seleções até
o último minuto do último jogo da primeira fase.
O atacante Robinho foi
poupado porque, segundo
Dunga, sentia dores musculares na coxa esquerda.
Kaká teve de cumprir suspensão por ter sido expulso
contra a Costa do Marfim. O
meia-atacante afirmou que
aproveitaria o tempo sem jogar para "trabalhar mais duro", o que de fato fez.
No último treino do Brasil
antes da partida com os portugueses, Kaká foi o último a
deixar o campo. Ficou cerca
de meia hora a mais do que
os outros jogadores, fazendo
exercícios com o preparador
físico Paulo Paixão.
Mas não é apenas por terem perdido o último jogo do
Mundial que Kaká e Robinho
chegam "frescos" para enfrentar o Chile amanhã.
Cada um à sua maneira,
eles fizeram temporadas
pouco desgastantes do ponto
de vista físico, do número de
jogos e do calendário apertado. Tanto que Kaká se apresentou à seleção em Curitiba
um dia antes do previsto.
A primeira temporada dele
no Real Madrid foi marcada
por lesões, poucos jogos e eliminações precoces em competições como a Copa do Rei
e a Copa dos Campeões.
O estafe do jogador sempre avisou que ele atingiria o
melhor de sua forma física
nas oitavas de final da Copa.
Robinho também atuou
menos vezes do que poderia
na temporada que antecedeu
o Mundial sul-africano.
O atacante, que estava encostado no Manchester City,
forçou o clube inglês a emprestá-lo ao Santos, pelo
qual jogou apenas 19 partidas nesta temporada.
A defesa brasileira, por outro lado, não teve descanso.
Nem durante o ano nem na
Copa do Mundo.
Júlio César, Maicon e Lúcio
atuaram até o dia 22 de maio,
quando a seleção já treinava
no Paraná, pela Inter de Milão, que conquistou a Copa
dos Campeões (além do Italiano e da Copa da Itália).
Os três ainda não foram
substituídos nesta Copa do
Mundo, mesma situação de
Juan e Michel Bastos.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ,
PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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