São Paulo, domingo, 27 de junho de 2010

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Com folga

Kaká e Robinho chegam à fase de mata-matas mais descansados que outros candidatos a craque da Copa, que jogaram até o último minuto da 1ª fase

DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

Dos candidatos a craque da Copa-2010, os dois brasileiros são os que chegam mais descansados à fase de mata-mata da competição.
Kaká e Robinho jogaram menos minutos que a maioria dos outros potenciais vencedores do prêmio de melhor jogador do torneio na África.
Por motivos diferentes, o camisa 10 e o camisa 11 do Brasil não participaram da última partida da fase de grupos, o empate por 0 a 0 contra Portugal, em Durban, que garantiu à seleção de Dunga o primeiro lugar do Grupo G.
Enquanto isso, o inglês Rooney, o português Cristiano Ronaldo e outros tiveram que ajudar suas seleções até o último minuto do último jogo da primeira fase.
O atacante Robinho foi poupado porque, segundo Dunga, sentia dores musculares na coxa esquerda. Kaká teve de cumprir suspensão por ter sido expulso contra a Costa do Marfim. O meia-atacante afirmou que aproveitaria o tempo sem jogar para "trabalhar mais duro", o que de fato fez.
No último treino do Brasil antes da partida com os portugueses, Kaká foi o último a deixar o campo. Ficou cerca de meia hora a mais do que os outros jogadores, fazendo exercícios com o preparador físico Paulo Paixão.
Mas não é apenas por terem perdido o último jogo do Mundial que Kaká e Robinho chegam "frescos" para enfrentar o Chile amanhã.
Cada um à sua maneira, eles fizeram temporadas pouco desgastantes do ponto de vista físico, do número de jogos e do calendário apertado. Tanto que Kaká se apresentou à seleção em Curitiba um dia antes do previsto.
A primeira temporada dele no Real Madrid foi marcada por lesões, poucos jogos e eliminações precoces em competições como a Copa do Rei e a Copa dos Campeões. O estafe do jogador sempre avisou que ele atingiria o melhor de sua forma física nas oitavas de final da Copa.
Robinho também atuou menos vezes do que poderia na temporada que antecedeu o Mundial sul-africano.
O atacante, que estava encostado no Manchester City, forçou o clube inglês a emprestá-lo ao Santos, pelo qual jogou apenas 19 partidas nesta temporada.
A defesa brasileira, por outro lado, não teve descanso. Nem durante o ano nem na Copa do Mundo.
Júlio César, Maicon e Lúcio atuaram até o dia 22 de maio, quando a seleção já treinava no Paraná, pela Inter de Milão, que conquistou a Copa dos Campeões (além do Italiano e da Copa da Itália).
Os três ainda não foram substituídos nesta Copa do Mundo, mesma situação de Juan e Michel Bastos.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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