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Medo dos pênaltis vira questão de Estado
DE SÃO PAULO
Até o primeiro-ministro
britânico, David Cameron,
pediu: "Que não haja prorrogação nem pênaltis, por favor", disse à BBC no Canadá,
onde ele participa de uma
reunião da cúpula do G8.
O temor de Cameron não é
em vão. Primeiro, porque o time jamais ganhou uma disputa por penalidades em Copas, ao contrário da Alemanha, que ganhou todas. Segundo, porque esses dois
traumas acabaram se misturando durante a história.
Dos quatro encontros entre ingleses e alemães em Copas, três foram para o tempo
extra. Cada seleção venceu
uma prorrogação. Em 1990, o
confronto foi definido nas
penalidades, e a Inglaterra
começou ali um outro drama.
Depois de levar a pior (4 a 3
nas cobranças) na Copa da
Itália, o English Team experimentou outros quatro fracassos nesse tipo de situação,
sendo dois pela Eurocopa.
Nos Mundiais de 1998 e
2006, na França e na Alemanha, a Inglaterra foi menos
eficiente nas penalidades do
que Argentina e Portugal,
respectivamente, sendo que
nesta última disputa a equipe só acertou uma cobrança.
Na Eurocopa-1996, disputada em casa, a equipe britânica parou nas semifinais, e,
como se já não bastasse a
frustração pela eliminação
diante de seus torcedores, a
queda foi para a algoz Alemanha (6 a 5 nos pênaltis).
Por esse mesmo placar, os
portugueses, que sediavam a
competição, bateram os ingleses na edição de 2004.
"Sorte não tem nada a ver
com isso, nem é um destino
decidido pelos deuses, como
escuto por aí. Trata-se de preparação", disse David James,
o goleiro responsável por segurar as cobranças alemãs,
no caso de elas ocorrerem.
Já a Alemanha tem retrospecto completamente oposto. Nas Copas de 1982, 1986,
1990 e 2006, derrubou França, México, Inglaterra e Argentina nos pênaltis.
(LR E RC)
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