São Paulo, domingo, 27 de junho de 2010

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Medo dos pênaltis vira questão de Estado

DE SÃO PAULO

Até o primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu: "Que não haja prorrogação nem pênaltis, por favor", disse à BBC no Canadá, onde ele participa de uma reunião da cúpula do G8.
O temor de Cameron não é em vão. Primeiro, porque o time jamais ganhou uma disputa por penalidades em Copas, ao contrário da Alemanha, que ganhou todas. Segundo, porque esses dois traumas acabaram se misturando durante a história.
Dos quatro encontros entre ingleses e alemães em Copas, três foram para o tempo extra. Cada seleção venceu uma prorrogação. Em 1990, o confronto foi definido nas penalidades, e a Inglaterra começou ali um outro drama.
Depois de levar a pior (4 a 3 nas cobranças) na Copa da Itália, o English Team experimentou outros quatro fracassos nesse tipo de situação, sendo dois pela Eurocopa.
Nos Mundiais de 1998 e 2006, na França e na Alemanha, a Inglaterra foi menos eficiente nas penalidades do que Argentina e Portugal, respectivamente, sendo que nesta última disputa a equipe só acertou uma cobrança.
Na Eurocopa-1996, disputada em casa, a equipe britânica parou nas semifinais, e, como se já não bastasse a frustração pela eliminação diante de seus torcedores, a queda foi para a algoz Alemanha (6 a 5 nos pênaltis).
Por esse mesmo placar, os portugueses, que sediavam a competição, bateram os ingleses na edição de 2004.
"Sorte não tem nada a ver com isso, nem é um destino decidido pelos deuses, como escuto por aí. Trata-se de preparação", disse David James, o goleiro responsável por segurar as cobranças alemãs, no caso de elas ocorrerem.
Já a Alemanha tem retrospecto completamente oposto. Nas Copas de 1982, 1986, 1990 e 2006, derrubou França, México, Inglaterra e Argentina nos pênaltis.
(LR E RC)


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