São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 2011

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Placar redime corintianos após pesadelo de tomar centésimo gol

DE SÃO PAULO

Em cada setor da equipe corintiana, um jogador deixou o gramado do Pacaembu, após o histórico 5 a 0, com as costas bem mais leves do que quando entrou.
Danilo provavelmente foi quem mais se aproveitou da goleada imposta ao rival.
Alvo constante de críticas desde sua chegada ao clube, no ano passado, o meia fez grande partida ontem.
Abriu o placar, com menos de um minuto do segundo tempo, e ainda foi responsável pela assistência no quarto tento, marcado por Liedson.
"Ele está jogando muito", elogiou o técnico Tite.
"Às vezes, as pessoas não compreendem ou não sabem o que se passa no vestiário", disse o treinador. "Ele sempre trabalha forte, com seriedade. Até quando ele fica fora ele tem uma palavra de incentivo para os jovens."
Um pouco à frente, Liedson reencontrou as redes, que não via desde a estreia do time no Brasileiro.
O cansaço de quem chegou sem folga da Europa era o argumento para explicar a seca. Uma semana de "férias" exclusivas bastaram para se recuperar. Agora ele soma quatro gols no torneio.
"Os gols tinham que aparecer. Jogador de ataque está sempre na espera de algo", disse o artilheiro corintiano.
Na defesa, a redenção foi de Júlio César, que durante a semana conviveu com a lembrança do centésimo gol de Rogério, marcado justamente no jovem camisa 1 do Corinthians, há três meses.
Ainda teve que responder sobre a possibilidade de ser alvo, novamente, do arqueiro tricolor, que tem 101 tentos na carreira, mas só 99 deles reconhecidos pela IFFHS.
A busca pelo gol "bicentenário" de Rogério passou longe da meta de Júlio César.
O São Paulo até teve uma falta próxima à área do Corinthians. Mas, com os 3 a 0 àquela altura e apesar dos pedidos dos próprios torcedores corintianos, Rogério preferiu não arriscar.
Tite, no banco, também pôde levar para casa uma boa lembrança. Uma derrota por 1 a 0, em 2005, selou sua demissão na primeira passagem pelo Corinthians.
"É um marco, vai ficar na minha memória. Vou comemorar muito, mas comigo mesmo, com a família", disse o treinador, comedido.
"Eu não vou dormir, estou contente. Mas me seguro para não abrir demais o sorriso para não soar desrespeito [ao São Paulo]." (LL E RBU)


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