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AUTOMOBILISMO
Finlandês confirma aposentadoria na F-1, McLaren renova com atual dupla, e alemão comemora
Hakkinen enterra de vez novo duelo com Schumacher
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A HOCKENHEIM
De uma vez só, Michael Schumacher recebeu duas boas notícias ontem, em Hockenheim.
Primeiro, o anúncio da renovação da atual dupla de pilotos da
McLaren, a que menos pontos
conquistou nos últimos anos.
Em seguida, consequência dessa continuidade, a confirmação
da aposentadoria do seu maior rival na F-1, o finlandês Mika Hakkinen, bicampeão em 98 e 99.
"Já esperava por isso. Quando o
Mika anunciou, no ano passado,
que iria descansar por uma temporada, senti que ele não voltaria", afirmou o pentacampeão.
Hakkinen e Schumacher estrearam praticamente juntos na categoria, em 1991. O finlandês, na
abertura daquele Mundial. O alemão, no GP da Bélgica, 11ª etapa.
Nesses 11 anos, foram os únicos
pilotos a conquistarem mais de
um título. Em duas ocasiões, levaram a disputa até as últimas provas do Mundial. Em 1998, em Suzuka, deu Hakkinen. Em 2000,
também no Japão, foi a vez de
Schumacher levar a melhor.
Hakkinen não esteve ontem em
Hockenheim. Mas mandou uma
mensagem: "Neste ano, decidi tirar um período sabático para
pensar no futuro. Quando visitei
o paddock em Mônaco, percebi
que era mesmo a hora de parar.
Quero passar mais tempo com
minha família e ver o Hugo [seu
único filho, de um ano" crescer".
Sem Hakkinen e sem o brasileiro Hélio Castro Neves, líder da
IRL, que chegou a sondar, a
McLaren confirmou David Coulthard e Kimi Raikkonen em 2003.
Chefe da equipe, o inglês Ron
Dennis, porém, deixou claro que
não foi uma definição muito fácil.
"A decisão foi tomada após
muita discussão", disse, no intervalo dos primeiros treinos livres
para o GP da Alemanha, ontem.
A discussão é compreensível.
Coulthard irá para sua oitava
temporada na McLaren. Conseguiu 12 vitórias, índice inexpressivo em se tratando de uma das
equipes mais vencedoras da categoria -em sua história, tem 135
vitórias, atrás da Ferrari, com 153.
No ano passado, quando assumiu o posto de primeiro piloto do
time, decepcionou: terminou o
Mundial com 65 pontos, quase a
metade de Schumacher (123).
Nesta temporada, é só o quinto
colocado, com 30 pontos. Raikkonen, que estreou no ano passado
na F-1 e disputa seu primeiro
Mundial pela McLaren, ocupa a
sexta posição, com 17 pontos.
Os 47 pontos no Mundial de
Construtores são a pior marca do
time desde 1997. Ao fim daquela
temporada, começou sua fase de
vitórias com a Mercedes-Benz.
"Acho que é importante manter
a continuidade de um trabalho",
disse Coulthard, com a expressão
de quem sabe que terá, em 2003, a
última chance de desencantar.
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