DA REPORTAGEM LOCAL

Normalmente discreta em partidas de vôlei, a arbitragem teve uma atuação questionada tanto pela Sérvia quanto pelo Brasil na decisão da Liga Mundial.
No quarto set, quando o placar apontava 14 a 13 para o Brasil, ocorreu uma situação inusitada. Após a marcação de diversos pontos que geraram polêmica, um dos árbitros de linha foi trocado.
Após o jogo, alguns jogadores brasileiros comentaram que os árbitros de linha estavam apitando favoravelmente aos donos da casa.
A substituição durante a partida, no entanto, não evitou novos erros.
O pior deles ocorreu ainda no quarto set. Quando o jogo estava empatado em 21 a 21, o oposto Miljkovic atacou na saída de rede. A bola bateu no bloqueio, resvalou na cabeça do sérvio e foi para fora.
O árbitro holandês Loderus Frans não viu o toque do sérvio e assinalou ponto para os europeus. Após as queixas dos brasileiros, principalmente do treinador Bernardinho, os delegados da Federação Internacional de Vôlei chamaram o árbitro para ir à mesa discutir o ponto.
A partida ficou paralisada por alguns minutos até que Loderus retornou à quadra.
Em uma atitude polêmica, o juiz reverteu sua decisão, em vez de mandar "voltar o ponto", prática mais comum nesse tipo de situação.
O placar passou a apontar vantagem brasileira de 22 a 21 e saque para o Brasil.
A decisão irritou os sérvios e os cerca de 22 mil torcedores locais presentes no ginásio de Belgrado. Mesmo em desvantagem, o time da casa reagiu e venceu o quarto set.
O levantador Bruno exaltou a capacidade de reação do Brasil no tie-break, diante das adversidades impostas por torcida e árbitros. "Todos foram muito machos para aguentar aquela pressão. Jogaram moedas, isqueiros na gente e não amarelamos", declarou o jogador, um dos líderes da nova geração.


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