São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2010

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'Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

A ganância do gol

DOS TIMES que disputam o título, o Inter é o de pior ataque, com 16 gols a menos que o Fluminense. Por isso e porque vê seu time tocar a bola demais -e chutar de menos-, Celso Roth deu o alerta: "Precisamos ter a ganância do gol"."
Ganhar o Brasileirão sempre exigiu essa qualidade. Entre 1996 e 2006, o campeão sempre teve o melhor ataque, com a exceção de 2000. Nos últimos dois Nacionais, o vencedor teve o equilíbrio -nem o ataque mais positivo, nem a defesa menos vazada. Como o Corinthians atual.
O Corinthians entrou em campo para frear o Inter, mais do que atacá-lo. Adilson escalou Iarley pela esquerda e Jorge Henrique na ponta direita, para marcar os laterais rivais. Levou 1 a 0 e mexeu no intervalo:
"Vou puxar o Jorge Henrique para dentro porque não gostei do primeiro tempo", disse Adilson. O Corinthians continuou errando passes na saída da defesa, como se tivesse a ganância de embolar o campeonato.
Mas encorpou na frente. Aproximou Elias de Bruno César, teve Jorge Henrique mais perto do gol e Jucilei subindo para criar. Deu tão certo que o time empatou a partida aos 19min.
Mas a mudança mais decisiva foi de Celso Roth. Primeiro, deslocou D'Alessandro para a ponta direita, para disputar o setor com Roberto Carlos. Para marcá-lo melhor, Adilson trocou o lateral por Edu. Não deu certo. Depois, Roth substituiu Leandro Damião e Giuliano por Alecsandro e Andrezinho. Alecsandro fez o segundo gol do Inter. Andrezinho marcou o terceiro, aos 48 do segundo tempo.
A derrota e a perda da liderança dão ao Corinthians a lição de que só vencerá o Brasileiro quem continuar com a ambição de vencer fora. No Beira-Rio, ela foi menor do que no Engenhão e na Vila Belmiro.

FOLHA ALVIVERDE

O vice de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, diz que a folha de pagamento do clube é de R$ 4,3 milhões, e não R$ 6 milhões, como divulgado aqui ontem. Ainda assim, maior do que a de Inter e Santos, campeões da Libertadores e da Copa do Brasil em 2010. Cipullo diz que o departamento de futebol dará prejuízo neste ano, por causa do mau rendimento do time. E que a folha seria menor se Valdivia não tivesse chegado.


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