Sediada pela primeira vez no país, disputa reuniu jogadores "em situação de exclusão'

LUIZA SOUTO
DO RIO

Deu dobradinha brasileira na Copa do Mundo de futebol de sem-teto, realizada pela primeira vez no país.
Ontem, na final, nas areias de Copacabana (zona sul do Rio), a seleção feminina derrotou o México por 7 a 3. O time masculino, por sua vez, venceu o Chile por 6 a 0.
Apesar do tempo fechado, a torcida lotou a arena.
As duas equipes são estreantes no torneio, que teve 48 países e cerca de 800 jogadores estrangeiros.
A oitava edição da Homeless World Cup, iniciativa do inglês Mel Young, foi organizada no Brasil pela ONG Futebol Social, que escolheu para a versão nacional o nome de Campeonato Mundial de Futebol Social.
Os jogadores são moradores de rua e pessoas em "situação de exclusão" em geral, o que inclui moradores de regiões carentes e refugiados palestinos e africanos que moram em contêineres.
"É muito importante que não só a torcida apoie e acredite nessas meninas, mas a família delas também", disse o técnico Alexandre Mathias, do time brasileiro feminino.
"Comecei na linha com 12 anos e só aos 15 fui para o gol. Só penso em continuar jogando e torço para que algum técnico olhe para mim", afirmou o goleiro Renildo de Brito Santos, 20, decisivo na final contra os chilenos.


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