São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

A hora de mudar

CELSO ROTH fez duas revoluções no seu Grêmio, para tentar devolver ao time o futebol do primeiro turno. Antes da partida contra o Botafogo, aproveitou três desfalques e mexeu em outras três posições.
As seis mudanças transformaram a equipe, nas vitórias sobre Botafogo e Santos.
Veio a derrota contra a Portuguesa e nova mudança contra o Sport. Pela primeira vez no campeonato, o Grêmio jogou no 4-4-2, no primeiro tempo da vitória por 1 a 0.
Muricy Ramalho ficou irritado no empate com o Atlético-MG, em setembro. "A partir dali, decidimos fixar um jogador como volante, porque estávamos muito expostos", diz o técnico do São Paulo.
O Grêmio de Roth não sai da primeira posição, o São Paulo passou a lutar pelo título, e o Palmeiras...
Quando estava claro que a venda de Valdivia era questão de tempo, o Palmeiras do segundo turno estava anunciado, com Jumar, Sandro Silva, Evandro e Diego Souza. Seriam quatro no meio-campo e dois zagueiros, no 4-3-1-2 de que Luxemburgo sempre gostou. O time jogou com essa formação nos 3 a 0 sobre o Vitória e na estréia no segundo turno, 1 a 0 sobre o Coritiba. Então, Luxemburgo mudou.
A justificativa para jogar com três zagueiros é que o time ficava exposto nos jogos fora de casa. A estréia do sistema, contra o Atlético-PR, deu resultado, e o Palmeiras ganhou na Arena da Baixada por 2 a 1. Mas exposto nos jogos em casa o time de Luxemburgo não estava, tanto que não levou gol contra Coritiba e Vitória. E, contra o Fluminense, o Palmeiras mostrou que segue frágil como visitante.
A impressão é que perdeu o tempo de escalar o time que o campeonato pedia. Um time com três homens protegendo Diego Souza para a armação. Com dois deles capazes de aparecer pelos lados e ajudar os laterais. Contra o Flu, pelo quarto jogo seguido, o Palmeiras não usou os lados, não teve profundidade, afunilou jogadas e ofereceu contra-ataque.
Luxemburgo vive pelo segundo ano seguido um desafio diferente em sua carreira. Corre o risco de ficar sem o título e, agora, sem a vaga na Taça Libertadores. No ano passado, ele diz, o Santos não tinha como lutar com o São Paulo. É diferente o caso do Palmeiras em 2008.

O CORINGÃO VOLTOU
Washington não será o centroavante do Corinthians em 2009. Andres Sanchez diz que o atacante do Fluminense foi um dos dois atletas que não aceitaram o Corinthians por causa da Série B. A camisa 9 é a posição mais carente do time para voltar à Série A com um time que lute por Libertadores.

A PERMANÊNCIA
É cada dia mais segura a situação de Márcio Fernandes no Santos. O presidente Marcelo Teixeira enxerga nele o único capaz de aproveitar os talentos que, julga o dirigente, existem na base santista. Garantido o técnico não está. Mas cada vitória, como a de anteontem, reforça seu nome para 2009.

VISITANTE
Caio Júnior continua confiando no título do Flamengo com base em uma idéia. "Nosso time é o melhor como visitante. Ele foi formado para se defender e joga mais quando pode fazer isso", declara o treinador paranaense. Assim como o líder Grêmio e o vice-líder São Paulo, o Flamengo ainda terá quatro partidas como visitante -uma delas será o clássico diante do Botafogo- e três como mandante até o final do Campeonato Brasileiro.


Texto Anterior: Alex Mineiro enfrenta seca "inédita"
Próximo Texto: Santos: Técnico critica CBF e vê rival em vantagem
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.