Calor faz juiz parar jogo para times beberem água

DA REPORTAGEM LOCAL

Eram 32 minutos do primeiro tempo e o árbitro Evandro Rogério Roman interrompeu o jogo no Maracanã. O calor no gramado superava os 35 C. Jogadores de Botafogo e Corinthians correram para tomar água. O tempo do refresco durou quase um minuto.
Esse fato foi o momento diferente de um jogo de futebol que poderia muito bem não ter existido. Com o tempo abafado e sem pretensões no Brasileiro, as duas equipes não fizeram nada antes do tempo para "hidratação" e nem depois.
O torcedor agiu corretamente ao não ir ao Maracanã. Nem os jogadores demonstravam vontade de estarem lá. O gigante vazio aumentou a sensação de monotonia do confronto. Coincidência ou não, foi o único 0 a 0 da penúltima rodada do Brasileiro. "Infelizmente nenhuma das equipes estava inspirada", analisou o meia Zé Roberto, que concorre a craque do campeonato.
O botafoguense até que tentou dar um pouco de emoção ao jogo, mas ficou bem abaixo do desempenho que o credenciou a estar entre os melhores.
Se o técnico Emerson Leão tinha em mente observar os garotos das categorias de base, ontem, definitivamente, não foi um bom dia. O treinador levou a campo seis atletas revelados pelo clube.
A depender de ontem, ninguém se destacou. A expectativa maior estava com o atacante Robson. Muita movimentação, um chute prensado na área, e um cartão amarelo depois, não voltou para o segundo tempo.
Foi substituído por Rafael Moura, que deixará o clube ao final deste ano. Junto com ele, outros atletas ligados à MSI vão embora do Parque São Jorge.
Ontem, sem show em campo, Leão deu o seu particular. Aquele que se tornou comum: discutir e reclamar com a arbitragem. Ninguém deu muita bola. Afinal era final de jogo, para alegria de todos.
E Leão deu as costas, foi se retirando lentamente para os vestiários. O Corinthians se despede do Brasileiro domingo, contra o Juventude, no Pacaembu. Após essa partida, o time entrará em férias.


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