São Paulo, sábado, 27 de novembro de 2010

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"Cheguei a pensar que o melhor era ir embora", diz corintiano

DE SÃO PAULO

Júlio César esteve perto de deixar o Corinthians no primeiro semestre, quando não ficava nem no banco de reservas. Foi convencido pela família a ficar. Na semana do jogo decisivo contra o Vasco, o goleiro falou à Folha. (MF)

 

Folha - Dez anos de clube e só agora a chance como titular. Você pensou em sair?
Júlio César -
Em vários momentos. Pensei que a porta estava fechada, que o melhor era ir embora. Meus pais, minha esposa e meu irmão, corintiano fanático, me convenceram a ficar.

Quando foi a última vez?
Neste ano, com o Mano, quando eu não ficava nem no banco. Mas ele me explicou que estava testando todo mundo, e eu fiquei. E foi ele quem me pôs de titular.

O que faltava para se firmar?
A chave é jogar direto, não jogar um [jogo] e sair. O que ajudou foi a confiança e a tranquilidade dos técnicos, companheiros e torcida.

O que você sentiu quando a torcida foi ao CT protestar várias vezes numa semana?
Estou no Corinthians há muito tempo, já vi muitos momentos assim. É uma situação chata. Por mais que eu não estivesse sendo cobrado, o que dói no companheiro dói em mim. Mas no Corinthians é assim. Às vezes cobram quem não precisa, mas exagero é invadir, ameaçar, quebrar carro. Enquanto só gritarem, estão no direito.

O ano pode terminar ruim para o clube, sem títulos, mas bom para você. Preferia que fosse o contrário?
Ah, eu preferia o equilíbrio, com títulos e eu podendo jogar. Mas ainda não acabou, a gente tem que acreditar que ainda dá. Por mais que meu ano tenha sido excelente, se não vier o título, vai ficar uma frustração.


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