São Paulo, sábado, 27 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Melhor coadjuvante

Longe de ser a primeira opção para o gol de seus times, Berna e Júlio César se tornam titulares e ajudam Flu e Corinthians na reta final do Nacional

Fabio Castro/Agif/Folhapress
Júlio César durante treino

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

Eles não estão entre os mais badalados. Começaram o ano como a terceira opção em seus clubes e só viraram titulares graças aos vacilos de seus concorrentes.
Mas é inegável que Fluminense e Corinthians só chegaram à reta final do Campeonato Brasileiro com chances de título por causa das atuações seguras de Ricardo Berna e Júlio César.
A duas rodadas do fim da competição, o Fluminense lidera com 65 pontos, um a mais que o Corinthians.
Berna, 31, está no Fluminense há seis anos. Na maior parte desse tempo, viu do banco (ou nem isso) a consagração de Fernando Henrique no gol tricolor.
Neste Brasileiro, Muricy Ramalho promoveu um rodízio entre os goleiros do Fluminense. Rodízio do qual Berna não fazia parte. Rafael e Fernando Henrique se alternaram até a 29ª rodada.
Muricy então deu uma chance ao terceiro goleiro do time. "Os outros dois tiveram chances, e Berna veio bem. Se eu não fizer isso, quem está fora do time desanima", justificou o treinador.
O contrato de Ricardo Berna com o Fluminense termina no mês que vem. "Eu tento não pensar nisso agora, só quero ser campeão", diz.
Com Berna como titular, a média de gols sofridos pelo Fluminense caiu quase pela metade. Com Fernando Henrique e Rafael, foram 31 gols tomados em 29 jogos (1,06 de média por partida). Nos sete jogos seguintes, o time do Rio foi vazado apenas quatro vezes (média de 0,57).
Júlio César também passou a maior parte da carreira sentado no banco de reservas (ou nem isso). Criado nas categorias de base do Corinthians, ganhou as Copas São Paulo de Juniores em 2004 e 2005 -ano em que subiu para o time profissional.
Fez parte do elenco campeão brasileiro naquele ano, mas sem jogar -o titular era Fábio Costa. Neste ano, Júlio César teve que brigar para ser reserva de Felipe.
Seu concorrente era Rafael Santos, que tem como empresário Carlos Leite, agente do então treinador Mano Menezes e que tem ótimo trânsito no Parque São Jorge.
Essa luta Júlio César ganhou. Mas viriam outras.
Felipe se machucou, depois brigou com o presidente Andres Sanchez e foi jogar no Braga, de Portugal. Após a Copa, o Corinthians contratou o paraguaio Bobadilla.
Com boas atuações, Júlio César venceu a desconfiança de dirigentes e comissão técnica. Já titular, ouviu boatos de que o Corinthians contrataria Dida para o gol em 2011.
Mas ele termina o ano como um dos mais regulares atletas do Corinthians e com sondagens para deixar o clube. "Não penso nisso agora. Quero jogar a Libertadores."
O contrato do goleiro com o Corinthians termina em dezembro do ano que vem.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: "Cheguei a pensar que o melhor era ir embora", diz corintiano
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.