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Clássicos de SP seguem no zero na temporada
São Paulo e Corinthians fazem jogo amarrado, como já fora Santos x Palmeiras
Adriano tem gol anulado por Sálvio Spinola, que não marca ainda um pênalti em Dagoberto e dá contribuição para o empate no Morumbi
EDUARDO ARRUDA
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O segundo clássico do Campeonato Paulista foi parecido
com o primeiro. Faltou futebol,
sobraram disposição e reclamação. Um 0 a 0 morno.
Assim como Santos x Palmeiras na semana passada, São
Paulo x Corinthians, ontem, no
Morumbi, decepcionou os torcedores no jogo de maior público do torneio estadual até agora
(mais de 40 mil pessoas).
Melhor para os pequenos,
que, após quatro rodadas, lideram o Paulista. A Ponte Preta,
com 100% de aproveitamento,
bateu o São Caetano por 3 a 0,
anteontem, e chegou aos 12
pontos. O vice-líder, com nove
pontos, é o Guaratinguetá, que
passou pelo Rio Preto (1 a 0).
Nenhum dos grandes chegou
a essa pontuação. Os melhores
são São Paulo e Palmeiras, que
têm oito pontos -os palmeirenses tropeçaram no sábado,
em Barueri, ante o Mirassol (2 a
2)- e completam a zona de
classificação às semifinais.
Já o Corinthians tem sete, e o
Santos, que figurava na zona de
descenso, só ganhou a primeira
ontem, diante do Bragantino.
"É clássico. Claro que o São
Paulo tem um elenco que mudou pouco. Mas não adianta cobrar qualidade agora, no início
do ano. É com o tempo que vamos conseguir entrosamento e
melhorar", disse o volante e lateral corintiano Alessandro, satisfeito com 0 a 0 no Morumbi.
Ele e a maioria dos colegas
elogiaram a postura do time,
enquanto os rivais elegeram
um vilão para o empate: o juiz
Sálvio Spinola Fagundes Filho.
O árbitro deixou de marcar
um pênalti de Chicão em Dagoberto no segundo tempo. No
lance, o árbitro apontou infração do são-paulino -o jogo recomeçou com falta para o Corinthians. Depois, ele anulou
gol de Adriano, alegando falta
do atacante no zagueiro William. "É uma vergonha, vocês
[jornalistas] precisam falar isso", esbravejou o técnico Muricy Ramalho após o jogo.
"O juiz apitou muito bem, e o
resultado foi justo", falou o lateral corintiano André Santos.
Reclamações à parte, o jogo
foi fraco tecnicamente, assim
como previram os técnicos das
duas equipes, atribuindo isso
ao pouco tempo de preparação.
Os ataques, prioridades dos
dois clubes nas contratações
para a temporada, novamente
engasgaram. Segundo o Datafolha, os corintianos tiveram
dez finalizações ao longo do
clássico, e nenhuma delas acertou o gol de Rogério. Já os são-paulinos chutaram 11 vezes
-só dois deles chegaram a Felipe, que teve pouco trabalho.
Resultado da pouca inspiração ofensiva, o principal reforço corintiano, o atacante Acosta, foi substituído na segunda
etapa, após ter recebido 14 bolas, perdido quatro delas e não
ter chutado ao gol de Rogério.
A estrela ofensiva do São
Paulo, Adriano, além de protagonizar o lance mais polêmico
do jogo, não fez muito mais do
que o colega uruguaio. Foram
só dois arremates, nove bolas
perdidas e nove passes errados.
"Saímos do Morumbi com a
sensação de dever cumprido,
apesar de que poderíamos ter
obtido a vitória", falou Felipe.
"Se eles estão falando isso
[que foram melhores], viram
um outro jogo", rebateu o lateral-esquerdo Richarlyson.
Uma coisa é certa: devido à
diferença de divisão em que estão no Nacional, São Paulo e
Corinthians só voltarão a duelar neste ano caso avancem à
fase decisiva do Paulista.
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