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Seleção vai ao Bahrein
e vira arroz-de-festa
DA REPORTAGEM LOCAL
Por uma boa cota, a CBF leva a
seleção brasileira à festas de aniversários e despedida de jogadores pouco famosos.
Isso ficou mais uma vez provado com a confirmação, pela Folha, do jogo entre o time nacional e Bahrein, no início de abril.
Por US$ 800 mil, a CBF vai levar
os pentacampeões a um jogo, em
princípio, contra um combinado
de países do golfo Pérsico que vai
marcar a despedida dos gramados de Khamis Eid, astro do futebol de Bahrein, que ocupa o 97º
posto no ranking da Fifa.
O jogo, previsto para o dia 1º de
abril, vai acontecer a poucas centenas de quilômetros do Iraque,
ameaçado diariamente de guerra
pelos Estados Unidos.
Na gestão de Ricardo Teixeira
iniciada no final da década de 90,
o Brasil especializou-se em participar de jogos não considerados
oficiais pela Fifa, mas que fazem a
festa de vários lugares.
Em 1998, pouco antes da Copa
da França, a CBF levou a seleção
para jogar com o Athletic Bilbao,
no centenário do clube espanhol.
No ano seguinte, foi a vez de o
Barcelona pegar o Brasil, com os
atacantes Romário e Ronaldo em
campo, para comemorar seu centésimo aniversário.
Em 2004, novamente o time nacional vai jogar para fazer a festa
de aniversário de uma entidade.
Dessa vez, a agraciada será a Fifa,
que vai colocar o Brasil para jogar
com a França na comemoração
de seu centenário.
Por um bom dinheiro, a CBF
coloca a seleção para jogar contra
equipes não reconhecidas pela Fifa em eventos nacionalistas.
Foi o que aconteceu no ano passado, quando pouco antes do
Mundial da Coréia e do Japão o
Brasil enfrentou a seleção da Catalunha, uma região da Espanha.
Em 2003, para aproveitar a fama
com a conquista do penta, a CBF
já levou o time nacional para a
China por US$ 1 milhão, livre de
despesas. Fez isso mesmo sabendo que o técnico Carlos Alberto
Parreira, na sua estréia, teria apenas um dia de treinos para o jogo.
A seleção, segundo seus dirigentes, neste ano não deve atuar em
nenhuma oportunidade no território brasileiro em amistosos.
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