O júri

Causa desconforto em dirigentes da Federação Paulista de Futebol o fato de Ivaney Cayres de Souza ocupar o cargo de auditor do Tribunal de Justiça Desportiva e a vice-presidência jurídica do Corinthians. Crêem que possa haver conflito de interesses. O cartola diz que, se for sorteado como relator de caso que envolva o clube, não aceitará participar. Mas há constrangimento por ele ir a programas de TV para falar sobre o time e a FPF. No TJD, é normal a presença de conselheiros, mas não a de vices ou diretores.

Inferno astral. Alberto Dualib e sua mulher, Elvira, enfrentam uma ação na Justiça na qual podem ter de pagar R$ 560 mil. O processo foi aberto na semana passada pela Fragon, que negociava com uma empresa de produtos de borracha que era do presidente do Corinthians.

Indigestão. Dualib quer almoçar no começo de cada mês com os jogadores do Corinthians, como fez ontem. A idéia é que haja sempre uma lavagem de roupa suja.

Neblina. Opositores do Santos reclamam de que Marcelo Teixeira não respondeu às suas perguntas com clareza anteontem, no Conselho. O presidente foi pressionado por não ter assegurado a permanência de Cléber Santana até o final do ano. E por não revelar o quanto sobrou do dinheiro da venda de Robinho.

Acostamento. A Honda foi uma das empresas que receberam proposta do Santos para patrocinar a camisa do clube. O contato não evoluiu.

Na gaveta. Por meio da Embaixada do Brasil na Turquia, o atacante Eder Ceccon obteve seu passaporte de volta. Só que não planeja retornar ao Brasil agora. Cumprirá o contrato até o fim de maio.

Aleatório. O São Paulo pagou a premiação pelo título mundial só a quem o clube quis. A gratificação não era obrigatória. Esse foi um dos argumentos usados na primeira audiência na Justiça no processo movido por Amoroso para receber o bicho.

Dupla de ataque. Para sustentar a tese, o São Paulo lembrou que Christian também ficou sem a premiação. E que só seriam pagos atletas "com um plano de carreira".

Até breve. Ao encontrar Amoroso no tribunal, Marco Aurélio Cunha disse que espera vê-lo de novo com a camisa do São Paulo. A resposta ao cartola foi um sorriso.

Já era. Vencida na licitação de bilhetes do Pan, a BWA não irá à Justiça para tentar anular a vitória da Ticketronics, cujo dono Alexandre Accioly é sócio do diretor do COB Marcus Vinícius Freire, como revelou a Folha. "É imoral, mas não é ilegal", diz Fernando Silva, diretor da BWA.

Sabatina. A Comissão de Esportes da Câmara deve aprovar hoje uma audiência pública sobre o Pan. A idéia é ouvir dirigentes do COB e o ministro Orlando Silva Jr.