São Paulo, domingo, 28 de março de 2004

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FUTEBOL

Paulista arranca um 1 a 1 no Parque Antarctica no primeiro duelo das semifinais do Estadual, que não teve Vágner

Sem goleador, Palmeiras empata em casa

EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem seu principal jogador, o Palmeiras parou no Paulista ontem à tarde na abertura das semifinais do Campeonato Paulista.
O empate por 1 a 1, no Parque Antarctica, deixou evidente a importância de Vágner no time paulistano. O atacante, que não atuou ontem devido a uma lesão muscular, ficou fora do time pela primeira vez nesta temporada.
Sem ele, o Palmeiras, que não vence o torneio desde 1996, perdeu sua principal fonte de gols. Vágner é artilheiro do Estadual, com 11 gols, e responsável por 41% dos tentos do time.
Ontem, o Palmeiras dominou o rival durante os 90 minutos, mas perdeu muitas oportunidades.
"Deixamos de fazer muitos gols para definir. Mas não há nada definido. Vamos torcer para que o Vágner volte para nos ajudar", disse o meia Pedrinho.
Agora, na próxima partida, domingo, o time terá de vencer para voltar a disputar o título estadual depois de cinco anos. Caso haja novo empate, a vaga será definida na disputa de pênaltis.
O local do jogo, marcado para o próximo domingo, será definido nesta semana pela FPF, já que o Paulista pode perder o mando de campo em razão de incidentes no estádio Jaime Cintra, em Jundiaí, na partida contra a Ponte Preta.
Ontem, como queria o técnico Jair Picerni, o Palmeiras, sem Vágner, foi solidário. Porém o time não era preciso nas finalizações como seu artilheiro. Para piorar, Márcio, reserva do Paulista, estava em tarde inspirada. Primeiro, defendeu chute de Lúcio. Depois, Pedrinho fez ótima jogada na área e, de frente para o gol, chutou em cima do goleiro.
O Palmeiras, que jogava em velocidade, encurralava o rival em seu campo de defesa. O grandalhão Rafael Marques (1,92 m), que substituiu Vágner, estava melhor em servir seus companheiros do que em finalizar. Baiano, como Lúcio, também ia ao ataque.
O Paulista de Zetti não conseguia neutralizar a descida dos laterais palmeirenses. Nervoso, o time de Jundiaí esperava os contra-ataques para tentar surpreender.
Aílton e Canindé eram os responsáveis pela articulação das jogadas. O primeiro, em grande jogada, deixou Izaías livre para marcar, mas esse chutou fora.
Ele, porém, reparou seu erro aos 24min, quando serviu Canindé. O meia driblou Diego Souza na área e tocou na saída de Marcos: 1 a 0.
O gol castigou o Palmeiras, que, embora melhor em campo, não conseguia acertar o gol do adversário. Prova disso foi a chance inacreditável perdida por Rafael Marques, aos 30min. Com o goleiro Márcio batido, ele chutou em cima do zagueiro do Paulista.
Mas o time de Picerni insistia em atacar pelas laterais. E foi assim que chegou ao empate, aos 39min, com Muñoz, que recebeu passe de Lúcio e tocou para o gol.
No segundo tempo, o Palmeiras continuou criando chances. Antes do 10min, Rafael Marques, que foi sacado do time aos 23min, já havia desperdiçado duas oportunidades, que tiveram boas intervenções de Márcio, o melhor em campo. Ele, porém, acabou se contundindo e teve de ser substituído por Victor, terceiro goleiro da equipe. O Palmeiras diminuiu sua ofensiva. Agora, espera por Vágner na segunda partida.


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