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Ex-guru indica colega que fracassou
DA REPORTAGEM LOCAL
Guru da equipe brasileira em
Sydney, Roberto Shinyashiki não
deve ir a Atenas. ""Não fui procurado pelo COB", diz ele. Mas, se
for, tem resposta pronta na língua. ""Diria para levarem a Suzy
Fleury. Ela é ótima e tem muito
conhecimento de vestiário."
O Comitê Olímpico Brasileiro,
porém, ainda não definiu se levará ""um novo Shinyashiki" aos Jogos. Em Sydney, o psiquiatra e
consultor organizacional foi contratado pelo COB para maximizar
o desempenho dos atletas. Voltou
ao Brasil sob críticas, já que o país
não conquistou um ouro sequer.
Suzy Fleury, psicóloga que
Shinyashiki gostaria de ver na
Grécia, também esteve na Austrália. E também não obteve sucesso.
Acompanhou a seleção brasileira
masculina de futebol, eliminada
na morte súbita por Camarões,
que tinha dois jogadores a menos.
Apesar de não ter visto a cor do
ouro, o psiquiatra defende o trabalho realizado. ""A psicologia no
esporte é muito importante, só
que, depois dos Jogos, falaram
muita coisa que não era verdade."
Ele cita como exemplo a decisão
de duplas femininas de vôlei de
praia, em que as brasileiras Adriana Behar e Shelda perderam o ouro para as australianas. ""Nem
conversei com elas. O que acontece é que as adversárias observaram bem o jogo das duas e bloquearam as principais jogadas."
Segundo atletas da seleção,
Fleury chegou a chorar após o
fiasco diante de Camarões. O psiquiatra diz que ela aprendeu com
a derrota. ""Não sei se ela chorou,
mas perder faz parte do esporte.
Você tem que saber administrar
derrotas e vitórias. [Mike] Tyson
e [Diego] Maradona, por exemplo, são exemplos de atletas que
não souberam administrar derrotas, não sabem levar porrada."
Para Atenas, o COB firmou convênio com uma associação de psicologia para dar suporte aos atletas. Não ficou acertado, porém, se
ela mandará representantes à
Grécia ou se o trabalho só será feito no Brasil. Competidores como
o velocista Claudinei Quirino,
prata no revezamento 4 x 100 m
em 2000, e Emanuel e Ricardo, do
vôlei de praia, disseram ao COB
que gostariam de contar com psicólogos em Atenas. As confederações de judô e handebol manifestaram a mesma intenção.
(JCA)
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