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rodízio
Clássico vê elencos em seu limite máximo
Em maratona, São Paulo e Palmeiras usam 55 atletas e só deixam 1 sem jogar
Técnicos escalam os titulares depois de várias rodadas do Estadual com formações de jogadores reservas para prevenir desgaste e lesões
DA REPORTAGEM LOCAL
A rotina das últimas semanas
foi pesada. Paulista, Libertadores, viagens para o interior, desafios no exterior. O calendário
ainda indica março, mas Palmeiras e São Paulo já utilizaram seus elencos até o limite.
Dos atletas listados nos sites
dos dois clubes, só um não
atuou até agora -o quarto goleiro são-paulino Everson.
E é assim, sob rotação constante, que os times chegam ao
clássico de hoje, no Morumbi.
Somados, o são-paulino Muricy Ramalho e o palmeirense
Vanderlei Luxemburgo já usaram 55 jogadores nesta temporada -foram 50 no ano passado
até a 16ª rodada do Paulista.
No São Paulo, atuaram 26
atletas dos 27 disponíveis no
elenco principal. Entre os palmeirenses, foram 29 jogadores
utilizados, mais do que os 27 relacionados no site do clube.
Jogadores como o zagueiro
Paulo Miranda e o volante Souza, que não constam do grupo
principal, tiveram de jogar.
Não é à toa. O Palmeiras
atuou 20 vezes no ano, dois jogos a mais do que na mesma
época de 2008. "No começo do
ano, Vanderlei falou isso para a
gente, que usaria todo mundo",
falou o meia Cleiton Xavier.
Em 2008, novos titulares foram lançados no Paulista. Mas
o técnico costumava sempre
usar o time principal. Neste
ano, escalou reservas em cinco
jogos. "No Palmeiras, Luxemburgo põe todos para jogar, pois
sabe que não tem só 11 atletas.
Tem muita gente à disposição,
o que lhe dá confiança para tirar uma equipe e testar outra",
falou o volante Sandro Silva.
Mesma situação vale para o
São Paulo. Em 2008, Muricy
usou 23 atletas em 16 jogos do
Paulista e três da Libertadores.
Com o mesmo número de jogos neste ano, em época similar
da temporada, o treinador promoveu rotação bem maior.
Há três motivos para isso,
além da prioridade à Libertadores. Primeiro, o São Paulo ficou irritado com a tabela do
Paulista, que incluiu clássicos
antes de jogos da Libertadores.
Segundo, queria esvaziar a
competição devido a suas rusgas com a FPF (Federação Paulista de Futebol). Terceiro, o
técnico queria testar novatos.
"Mesmo que não soubesse da
tabela, o clube sabia que o primeiro semestre seria puxado e
fez contratações pensando nos
torneios", falou o zagueiro André Dias. De fato, há maior concentração de jogos no primeiro
semestre. E o desgaste já resultou em lesões nos goleiros dos
dois times, Marcos e Rogério.
Só que, na fase decisiva, são
reduzidos os testes e os rodízios. "Agora, a gente pensa mais
naquilo que a equipe precisa do
que em poupar jogador. Todos
querem jogar", contou Muricy.
(GIULLIANA BIANCONI, RENAN CACIOLI, RICARDO VIEL E RODRIGO MATTOS)
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