São Paulo, sábado, 28 de março de 2009

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rodízio

Clássico vê elencos em seu limite máximo

Em maratona, São Paulo e Palmeiras usam 55 atletas e só deixam 1 sem jogar

Técnicos escalam os titulares depois de várias rodadas do Estadual com formações de jogadores reservas para prevenir desgaste e lesões

DA REPORTAGEM LOCAL

A rotina das últimas semanas foi pesada. Paulista, Libertadores, viagens para o interior, desafios no exterior. O calendário ainda indica março, mas Palmeiras e São Paulo já utilizaram seus elencos até o limite. Dos atletas listados nos sites dos dois clubes, só um não atuou até agora -o quarto goleiro são-paulino Everson.
E é assim, sob rotação constante, que os times chegam ao clássico de hoje, no Morumbi.
Somados, o são-paulino Muricy Ramalho e o palmeirense Vanderlei Luxemburgo já usaram 55 jogadores nesta temporada -foram 50 no ano passado até a 16ª rodada do Paulista.
No São Paulo, atuaram 26 atletas dos 27 disponíveis no elenco principal. Entre os palmeirenses, foram 29 jogadores utilizados, mais do que os 27 relacionados no site do clube.
Jogadores como o zagueiro Paulo Miranda e o volante Souza, que não constam do grupo principal, tiveram de jogar.
Não é à toa. O Palmeiras atuou 20 vezes no ano, dois jogos a mais do que na mesma época de 2008. "No começo do ano, Vanderlei falou isso para a gente, que usaria todo mundo", falou o meia Cleiton Xavier.
Em 2008, novos titulares foram lançados no Paulista. Mas o técnico costumava sempre usar o time principal. Neste ano, escalou reservas em cinco jogos. "No Palmeiras, Luxemburgo põe todos para jogar, pois sabe que não tem só 11 atletas. Tem muita gente à disposição, o que lhe dá confiança para tirar uma equipe e testar outra", falou o volante Sandro Silva.
Mesma situação vale para o São Paulo. Em 2008, Muricy usou 23 atletas em 16 jogos do Paulista e três da Libertadores.
Com o mesmo número de jogos neste ano, em época similar da temporada, o treinador promoveu rotação bem maior.
Há três motivos para isso, além da prioridade à Libertadores. Primeiro, o São Paulo ficou irritado com a tabela do Paulista, que incluiu clássicos antes de jogos da Libertadores. Segundo, queria esvaziar a competição devido a suas rusgas com a FPF (Federação Paulista de Futebol). Terceiro, o técnico queria testar novatos.
"Mesmo que não soubesse da tabela, o clube sabia que o primeiro semestre seria puxado e fez contratações pensando nos torneios", falou o zagueiro André Dias. De fato, há maior concentração de jogos no primeiro semestre. E o desgaste já resultou em lesões nos goleiros dos dois times, Marcos e Rogério.
Só que, na fase decisiva, são reduzidos os testes e os rodízios. "Agora, a gente pensa mais naquilo que a equipe precisa do que em poupar jogador. Todos querem jogar", contou Muricy. (GIULLIANA BIANCONI, RENAN CACIOLI, RICARDO VIEL E RODRIGO MATTOS)


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