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Em DVD comemorativo do hexa, Muricy Ramalho não poupa críticas a rival
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante entrevistas antes
dos clássicos, os técnicos Vanderlei Luxemburgo, Palmeiras, e Muricy Ramalho, São
Paulo, têm evitado ataques e
até trocam elogios. Foi o que
se viu nesta última semana.
Mas, longe de câmeras estranhas, o treinador são-paulino distribuiu alfinetadas ao
seu colega palmeirense. É o
que se vê no DVD do hexacampeonato brasileiro, produzido pelo São Paulo e lançado neste ano.
Em trecho de sua longa entrevista no documentário,
Muricy se disse vencedor em
batalha tática contra Luxemburgo, no primeiro clássico
entre as duas equipes no Brasileiro-2008. O São Paulo venceu o seu rival por 2 a 1.
"Contra o Palmeiras, demos
uma surpresa neles. Eles dizem que não lá porque o Vanderlei não reconhece as coisas. Eles achavam que a gente
ia no 3-5-2. E mudamos.
Quando eles entraram em
campo, já estava 2 a 0. Eles
não viram o que aconteceu.
Botamos o Zé Luis na lateral.
Pusemos o Joílson avançado
no meio-campo e marcamos
pressão mesmo."
O treinador explicou ter tomado a decisão de modificar a
equipe após o treinador palmeirense declarar que o São
Paulo era bom no 3-5-2.
Em seguida, o técnico são-paulino é questionado pelo fato de Luxemburgo, após o jogo, ter dito que não foi surpreendido. E ironizou.
"Ele [Luxemburgo] sabe tudo. E eu ganho sempre dele.
Esse final da história ele não
conta. Ele gosta de contar história que dá certo. Ele fala...
Imagina o pensamento, adivinha o pensamento dos outros.
É fora de série. Imagina o que
vai acontecer. Deveria jogar
na loteria", comentou, com
ironia, o treinador. E emendou com uma provocação:
"Vai me desculpar. Ele adivinha tudo e eu sempre ganho
dele. Vai ver os últimos dez jogos, a diferença. É grande".
Sem mencionar Luxemburgo, Muricy ironizou técnicos
que exibem sua palestra na televisão quando dão certo.
Após a conquista do Campeonato Paulista, a preleção
do técnico palmeirense foi obtida pela TV Globo. Ele negou
tê-la fornecido à emissora, o
que teria sido feito por um dos
seus funcionários sem consentimento.
(PAULO GALDIERI)
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