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Comitê cede
a resistência
de europeus
das agências internacionais
De uma maneira sutil, a comissão de estudos estratégicos
da Fifa definiu uma maneira de
driblar a resistência européia
ao calendário unificado.
A Uefa se opõe principalmente à idéia de que a temporada vá de fevereiro a novembro, como defende a cúpula da
entidade internacional.
O que a comissão decidiu fazer foi montar, de maneira disfarçada, dois calendários compatíveis entre si, um com início
em janeiro, como o do Brasil,
por exemplo, e outro com começo em setembro, como os
das federações européias.
O mês de férias dos jogadores
foi recomendado -e não determinado- para englobar a
segunda metade de dezembro
e a primeira de janeiro.
Mas foi deixada uma segunda possibilidade, envolvendo
parte de julho e parte de agosto.
Isso, em tese, permite que na
Europa a temporada possa
continuar a começar em outubro e a acabar em junho.
A alegação da entidade máxima do futebol mundial é que
ela não tem o poder de impor
as férias dos jogadores.
Mas o argumento é malicioso
porque as federações, em acordo com os clubes, já fazem isso
há décadas, sem que isso tenha
sido questionado.
O que importa mesmo é que
o calendário unificado só será
posto em prática se for respaldado pela quase totalidade das
confederações e pelas principais federações do mundo, a
maior parte das quais está concentrada na Europa.
Para virar ""lei", a proposta do
calendário unificado terá que
ser votada no comitê executivo
da Fifa, onde os europeus têm a
maior bancada.
O comitê é o organismo da
Fifa que toma a maioria das decisões mais importantes do futebol mundial. É ele, por exemplo, que escolhe as sedes de todos as competições promovidas pela entidade, especialmente as Copas do Mundo.
Se os europeus não diminuírem sua oposição ao projeto, o
que começou a acontecer ontem, segundo afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter,
suas chances de aprovação são
praticamente nulas.
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