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Domínio do mandante explode no Brasileiro
DA REPORTAGEM LOCAL
No Brasileiro dos pontos corridos, o domínio dos mandantes
tem sido fator preponderante.
Dos únicos cinco times que estão
com aproveitamento dos pontos
superior a 50% em seis rodadas,
quatro estão entre os seis com
melhor desempenho em casa.
O Paraná, único time 100% em
seus domínios, é o quinto colocado do Nacional. A seguir, cinco
equipes acumulam duas vitórias e
um empate como mandante, entre eles Internacional (líder), Cruzeiro (vice) e Santos (quarto).
Criciúma (nono) e Guarani
(13º) completam essa lista.
Outro dado que comprova a supremacia dos times que jogam em
casa neste ano é o número de derrotas. Das 72 partidas disputadas
em 2003, somente em 12 ocasiões
o visitante saiu com a vitória, um
aproveitamento de 16,7%.
Antes da rodada do fim de semana, em que três times com históricos de bons resultados em casa perderam (Vitória, Atlético-MG e Grêmio), o valor era de 15%.
Para efeito de comparação, na
fase de classificação do Brasileiro
do ano passado, disputado ainda
com mata-matas para se decidir o
campeão, os clubes visitantes saíram vitoriosos em 81 de 338 partidas, ou seja, 24% de triunfos.
Na comparação dos times ainda
sem derrota em casa até a sexta
rodada, entre os torneios de 2002
e 2003, o predomínio dos mandantes novamente se comprova.
Das 26 equipes que disputaram
o Nacional passado, 15 já haviam
sido derrotadas em seus domínios até esse ponto do torneio,
percentagem de 57,7%. Até mesmo a agremiação que era a líder
depois de seis rodadas, o São Paulo, já havia sido derrotada no Morumbi, pelo Juventude.
Outros times grandes, como
Atlético-MG, Grêmio, Internacional e Vasco, também já não estavam mais invictos.
Em um mês de Brasileiro-03,
menos da metade dos times já
perdeu a invencibilidade em casa
(10 de 24), ou seja, só 41,7%.
Chuva de gols
Outra característica do Brasileiro de pontos corridos tem sido a
elevada média de gols. Os 41 da
sexta rodada acarretaram uma
média de 3,42 tentos por jogo.
Três confrontos isolados foram
responsáveis por aumentar esse
valor: nas goleadas do Atlético-PR (5 a 2), do Paysandu (5 a 2) e
do Goiás (7 a 0) foram marcados
21 gols, média de sete por partida.
Nos demais nove duelos, foram
"apenas" 20 gols, média de 2,2.
No acumulado da competição, a
média subiu três centésimos, de
3,23 para 3,26, com 235 gols em 72
jogos. Se encerrado hoje o campeonato, essa já seria a maior média da história, pois o recorde desde 1971 pertence justamente ao
Nacional do ano passado, de 3,02,
a única vez em que foi superada a
barreira dos três gols por jogo.
Também a caminho de um recorde segue o artilheiro do torneio, o atacante Deivid, do Cruzeiro, com nove gols. Se mantiver
a média, o atleta, que marcou novamente anteontem, diante do
Guarani, pode quebrar a marca
histórica de Edmundo (29 gols
em 1997) já na 20ª rodada.
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