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São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2003

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Domínio do mandante explode no Brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

No Brasileiro dos pontos corridos, o domínio dos mandantes tem sido fator preponderante. Dos únicos cinco times que estão com aproveitamento dos pontos superior a 50% em seis rodadas, quatro estão entre os seis com melhor desempenho em casa.
O Paraná, único time 100% em seus domínios, é o quinto colocado do Nacional. A seguir, cinco equipes acumulam duas vitórias e um empate como mandante, entre eles Internacional (líder), Cruzeiro (vice) e Santos (quarto).
Criciúma (nono) e Guarani (13º) completam essa lista.
Outro dado que comprova a supremacia dos times que jogam em casa neste ano é o número de derrotas. Das 72 partidas disputadas em 2003, somente em 12 ocasiões o visitante saiu com a vitória, um aproveitamento de 16,7%.
Antes da rodada do fim de semana, em que três times com históricos de bons resultados em casa perderam (Vitória, Atlético-MG e Grêmio), o valor era de 15%.
Para efeito de comparação, na fase de classificação do Brasileiro do ano passado, disputado ainda com mata-matas para se decidir o campeão, os clubes visitantes saíram vitoriosos em 81 de 338 partidas, ou seja, 24% de triunfos.
Na comparação dos times ainda sem derrota em casa até a sexta rodada, entre os torneios de 2002 e 2003, o predomínio dos mandantes novamente se comprova.
Das 26 equipes que disputaram o Nacional passado, 15 já haviam sido derrotadas em seus domínios até esse ponto do torneio, percentagem de 57,7%. Até mesmo a agremiação que era a líder depois de seis rodadas, o São Paulo, já havia sido derrotada no Morumbi, pelo Juventude.
Outros times grandes, como Atlético-MG, Grêmio, Internacional e Vasco, também já não estavam mais invictos.
Em um mês de Brasileiro-03, menos da metade dos times já perdeu a invencibilidade em casa (10 de 24), ou seja, só 41,7%.

Chuva de gols
Outra característica do Brasileiro de pontos corridos tem sido a elevada média de gols. Os 41 da sexta rodada acarretaram uma média de 3,42 tentos por jogo.
Três confrontos isolados foram responsáveis por aumentar esse valor: nas goleadas do Atlético-PR (5 a 2), do Paysandu (5 a 2) e do Goiás (7 a 0) foram marcados 21 gols, média de sete por partida. Nos demais nove duelos, foram "apenas" 20 gols, média de 2,2.
No acumulado da competição, a média subiu três centésimos, de 3,23 para 3,26, com 235 gols em 72 jogos. Se encerrado hoje o campeonato, essa já seria a maior média da história, pois o recorde desde 1971 pertence justamente ao Nacional do ano passado, de 3,02, a única vez em que foi superada a barreira dos três gols por jogo.
Também a caminho de um recorde segue o artilheiro do torneio, o atacante Deivid, do Cruzeiro, com nove gols. Se mantiver a média, o atleta, que marcou novamente anteontem, diante do Guarani, pode quebrar a marca histórica de Edmundo (29 gols em 1997) já na 20ª rodada.


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