DO ENVIADO A BUDAPESTE

Virou questão de honra para o Brasil derrotar a Hungria pela primeira vez. Mas essa vitória já aconteceu.
A CBF diz que Brasil e Hungria se enfrentaram quatro vezes, com três vitórias para os europeus e um empate. Mas se esquece de um jogo em novembro 1965, no Pacaembu, vencido pelos brasileiros por 5 a 3.
Naquela ocasião aconteceu uma das muitas trapalhadas dos cartolas. A então CBD marcou dois amistosos na mesma data. No Rio, com Pelé em campo, o país enfrentou a União Soviética.
Em São Paulo, foi montado um time com paulistas, mas que vestiram o uniforme do Brasil. Jogadores famosos, como o goleiro Félix, o lateral Carlos Alberto Torres e o meia Rivellino atuaram no duelo do Pacaembu.
A Hungria tinha quase todos os atletas que ganhariam do Brasil na Copa da Inglaterra, em 1966, como Bene, Farkas, Albert e Raposi.
Pelos padrões oficiais da Fifa, o confronto de 1965 seria considerado oficial, já que envolveu dois países em um amistoso onde não havia limitação alguma de idade.
Mas, em Budapeste, o discurso é de quebra de tabu.
"Essa estatística não é comum. O Brasil quase sempre tem mais vitórias do que os rivais. Isso vai servir de motivação", afirmou Parreira.
A Hungria atual vive mau momento. O país não disputa uma Copa desde 1986. Para mudar a situação, a federação local contratou Lotthar Matthäus para treinar o time. O alemão, campeão mundial em 1990, quer jogos contra times poderosos, como o Brasil, para tirar a Hungria do buraco. (PC)


Texto Anterior: Treino é visto por 28 mil e tem visita de miss
Próximo Texto: Por vaga, São Caetano pega o 1º argentino
Índice