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FUTEBOL
Estado com pior histórico entre os que disputam a competição tem, após 2 rodadas, melhor aproveitamento em 2004
SC renega fama de perdedor no Nacional
MARCUS VINICIUS MARINHO
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
No passado do Brasileiro, eles
não passavam de grandes sacos
de pancadas. Mas, após as duas
primeiras rodadas do Nacional-2004, são eles que dominam o torneio: os clubes catarinenses.
Embora seja o Estado com o
pior aproveitamento na história
do Brasileiro entre os nove que
disputam o atual Nacional -39%
dos pontos-, Santa Catarina
mostra bom poder de arrancada
no torneio atual. Somados, seus
dois representantes, o líder Figueirense e o Criciúma, têm três
vitórias e um empate, ou 83%. O
que faz do Estado o melhor no
campeonato, ao menos até agora.
Embora seja ainda muito cedo,
o desempenho já é uma surpresa
se for considerado que os dois times nunca tiveram destaque no
Nacional. Nem Figueirense (que
disputa o torneio pela oitava vez)
nem Criciúma (pela 11ª) chegaram entre os dez melhores de um
Brasileiro com os grandes. O clube de Florianópolis tem apenas
um 11º lugar (em 2003), e o de Criciúma, um 14º (no mesmo ano).
"Essa boa arrancada para nós
não é nenhuma surpresa. Acho
que Santa Catarina está fazendo
um trabalho muito sério no futebol", diz Moacir José Fernandes,
presidente do Criciúma. "Nós, como o Figueirense, investimos em
infra-estrutura e usamos a base
dos times pequenos do Estado.
Com isso, espero que cheguemos
pelo menos à Sul-Americana."
O presidente do Figueirense,
Paulo Paraíso, que conseguiu em
2003 uma vaga no torneio continental, é ainda mais ambicioso.
"Queremos ser um dos grandes
clubes do Brasil. Temos um projeto empresarial sério para isso."
O ex-palmeirense Cléber concorda que a estrutura dos clubes é
responsável pelo sucesso do início
de temporada. "Sabíamos, pelo
nosso trabalho, que poderíamos
começar bem", disse o zagueiro
mineiro, que está no Figueirense
desde abril do ano passado e fala
estar plenamente adaptado à cidade. "Estou muito feliz. Eu, minha mulher e minhas filhas adoramos a cidade e o clube."
O salário em dia e a falta de pressão fazem dos clubes catarinenses
destinos requisitados em tempos
de crise no futebol. O volante Rafael, que disputou o Paulista pelo
Rio Branco, chegou há um mês ao
Criciúma e já ganhou a torcida:
foi autor de dois dos três gols do
time no Brasileiro. "É um destino
que vários estão seguindo. Foi a
coisa certa vir para cá. O Brasileiro não poderia começar melhor."
Outro jogador do interior paulista chegou ontem a Santa Catarina. O atacante Izaías, 28, destaque
do Paulista de Jundiaí, foi apresentado ontem pelo Figueirense.
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