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Palmeiras se dá ao luxo até de poupar Valdivia
Placar obtido no 1º tempo faz Luxemburgo substituir meia chileno, pendurado
Ponte Preta 0
Palmeiras 1
DOS ENVIADOS A CAMPINAS
A Ponte Preta apostou tudo
no primeiro jogo. O Palmeiras
dosou suas fichas e quebrou a
estratégia adversária com inteligência. Além do gol de Kléber,
que dá tranqüilidade à equipe
para o próximo domingo, Vanderlei Luxemburgo soube blefar na hora certa, quando tirou
o meia Valdivia de campo.
"O Luxemburgo tirou o Valdivia, que estava pendurado.
Foi uma substituição inteligente", reconheceu o goleiro Marcos ao encerramento do confronto no Moisés Lucarelli.
Aos 13min da etapa final, o
chileno deu a última contribuição à equipe em passe para Kléber, que concluiu em cima do
goleiro Aranha. Na seqüência,
Denílson entrou em seu lugar.
Marcado de perto pelo volante Ricardo Conceição e com
histórico famoso por levar muitos cartões amarelos, Valdivia
foi sacado antes que levasse o
terceiro, o que o tiraria da decisão no Parque Antarctica.
"Percebi que o Valdivia estava incomodado com a marcação. Estava reclamando muito
com o juiz. Por isso resolvi tirá-lo, para ter o Valdivia na final
do campeonato", comentou.
Assim, o Palmeiras terá força
máxima -exceção feita ao volante Léo Lima, que já desfalcou o time na partida de ontem.
O plano de jogo de Luxemburgo contou com uma ajuda
importantíssima do atacante
Kléber, que, logo aos 20min,
marcou de cabeça o tento precioso, após escanteio.
"Tive a felicidade de antecipar e fazer o gol", comemorou o
camisa 30, no intervalo.
Da linha do gol, ele recuou
até a pequena área para, com
seu 1,73 m de altura, subir mais
alto que a defesa e vencer Aranha no córner batido pelo lateral-esquerdo Leandro.
A partir do gol, o Palmeiras
conseguiu transformar o ímpeto da Ponte Preta, que começara a partida em cima do oponente com uma linha de três
atacantes, em pressa. Os erros
tornaram-se numerosos.
O Datafolha contabilizou 53
bolas perdidas do time local,
que também deu 24 cruzamentos equivocados, contra apenas
oito corretos. De 13 finalizações, a Ponte errou 9.
Mesmo com um futebol mais
cauteloso, o Palmeiras foi preciso. Marcou o trio ofensivo
ponte-pretano e anulou completamente o miolo, formado
por três volantes, do rival.
No contra-ataque, ora Diego
Souza, ora Valdivia, deixava
Alex Mineiro e Kléber no mano
a mano com a defesa alvinegra.
O Palmeiras acertou 73% dos
passes. O time de Luxemburgo
só não conseguiu aproveitar
ainda mais o jogo aéreo. Teve 11
escanteios a favor e levantou 26
bolas na área ponte-pretana.
Sem seus meias de criação
-Elias, lesionado, e Renato,
suspenso-, a equipe campineira tentava pelas pontas.
Na esquerda, Vicente pecava
nos cruzamentos. Na direita,
Raulen, que substituía outro
suspenso, Eduardo Arroz, foi
mal no apoio e na marcação.
Giuliano entrou em seu lugar já
na volta para a etapa final.
"Tomamos um gol de bobeira. Agora vamos ter de buscar",
lamentou o zagueiro João Paulo, que seguirá no time mesmo
com o retorno do titular César.
Jean tomou o terceiro amarelo
ontem e está fora da decisão.
Sem Valdivia para marcar, a
Ponte se perdeu taticamente.
Luxemburgo tratou de complicar ainda mais a situação do rival ao colocar, além de Denílson, o atacante Lenny na vaga
de um cansado Kléber.
Diante da correria de uma
dupla com fôlego renovado, o
Palmeiras tratou de administrar a enorme vantagem que
obteve para ficar com a taça.
(RENAN CACIOLI E TONI ASSIS)
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