São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2008

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Palmeiras se dá ao luxo até de poupar Valdivia

Placar obtido no 1º tempo faz Luxemburgo substituir meia chileno, pendurado

Ponte Preta 0
Palmeiras 1

DOS ENVIADOS A CAMPINAS

A Ponte Preta apostou tudo no primeiro jogo. O Palmeiras dosou suas fichas e quebrou a estratégia adversária com inteligência. Além do gol de Kléber, que dá tranqüilidade à equipe para o próximo domingo, Vanderlei Luxemburgo soube blefar na hora certa, quando tirou o meia Valdivia de campo.
"O Luxemburgo tirou o Valdivia, que estava pendurado. Foi uma substituição inteligente", reconheceu o goleiro Marcos ao encerramento do confronto no Moisés Lucarelli.
Aos 13min da etapa final, o chileno deu a última contribuição à equipe em passe para Kléber, que concluiu em cima do goleiro Aranha. Na seqüência, Denílson entrou em seu lugar.
Marcado de perto pelo volante Ricardo Conceição e com histórico famoso por levar muitos cartões amarelos, Valdivia foi sacado antes que levasse o terceiro, o que o tiraria da decisão no Parque Antarctica.
"Percebi que o Valdivia estava incomodado com a marcação. Estava reclamando muito com o juiz. Por isso resolvi tirá-lo, para ter o Valdivia na final do campeonato", comentou.
Assim, o Palmeiras terá força máxima -exceção feita ao volante Léo Lima, que já desfalcou o time na partida de ontem.
O plano de jogo de Luxemburgo contou com uma ajuda importantíssima do atacante Kléber, que, logo aos 20min, marcou de cabeça o tento precioso, após escanteio.
"Tive a felicidade de antecipar e fazer o gol", comemorou o camisa 30, no intervalo.
Da linha do gol, ele recuou até a pequena área para, com seu 1,73 m de altura, subir mais alto que a defesa e vencer Aranha no córner batido pelo lateral-esquerdo Leandro.
A partir do gol, o Palmeiras conseguiu transformar o ímpeto da Ponte Preta, que começara a partida em cima do oponente com uma linha de três atacantes, em pressa. Os erros tornaram-se numerosos.
O Datafolha contabilizou 53 bolas perdidas do time local, que também deu 24 cruzamentos equivocados, contra apenas oito corretos. De 13 finalizações, a Ponte errou 9.
Mesmo com um futebol mais cauteloso, o Palmeiras foi preciso. Marcou o trio ofensivo ponte-pretano e anulou completamente o miolo, formado por três volantes, do rival.
No contra-ataque, ora Diego Souza, ora Valdivia, deixava Alex Mineiro e Kléber no mano a mano com a defesa alvinegra.
O Palmeiras acertou 73% dos passes. O time de Luxemburgo só não conseguiu aproveitar ainda mais o jogo aéreo. Teve 11 escanteios a favor e levantou 26 bolas na área ponte-pretana.
Sem seus meias de criação -Elias, lesionado, e Renato, suspenso-, a equipe campineira tentava pelas pontas.
Na esquerda, Vicente pecava nos cruzamentos. Na direita, Raulen, que substituía outro suspenso, Eduardo Arroz, foi mal no apoio e na marcação. Giuliano entrou em seu lugar já na volta para a etapa final.
"Tomamos um gol de bobeira. Agora vamos ter de buscar", lamentou o zagueiro João Paulo, que seguirá no time mesmo com o retorno do titular César. Jean tomou o terceiro amarelo ontem e está fora da decisão.
Sem Valdivia para marcar, a Ponte se perdeu taticamente. Luxemburgo tratou de complicar ainda mais a situação do rival ao colocar, além de Denílson, o atacante Lenny na vaga de um cansado Kléber.
Diante da correria de uma dupla com fôlego renovado, o Palmeiras tratou de administrar a enorme vantagem que obteve para ficar com a taça. (RENAN CACIOLI E TONI ASSIS)


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