São Paulo, sexta-feira, 28 de maio de 2004

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TRIATLO

Estratégia visava obtenção de medalha em Atenas

Confederação descarta tática de equipe sugerida por patrocinador

DA REPORTAGEM LOCAL

A Confederação Brasileira de Triatlo afastou a hipótese de jogo de equipe em Atenas e afirmou que táticas podem ser estudadas apenas para os próximos Jogos.
O esclarecimento veio em nota oficial do presidente da entidade, Carlos Fróes, um dia depois de a Folha ter publicado a proposta do Pão de Açúcar, um dos patrocinadores dos seis triatletas brasileiros que vão à Grécia. A empresa sugeriu que a equipe favorecesse, no feminino e no masculino, o atleta com mais chances de pódio.
"Se a gente nunca cogitou isso antes, não adianta tirar o foco dos atletas, que precisam se concentrar agora", afirmou Fróes, para quem a estratégia deveria ter sido desenvolvida com antecedência.
Há também a questão dos outros patrocinadores. "Você acha que a Nike ia concordar em ver a Carla Moreno ajudando a Sandra Soldan, que é da [concorrente] Reebok?", questionou o dirigente, cuja nota afirma que a confederação prefere "deixar o trabalho de equipe para 2008/2012".
O Pão de Açúcar acatou a decisão. "Em nenhum momento tentamos alguma ingerência. Temos consciência de que a CBTri é soberana", disse Marco Paulo Reis, coordenador técnico da equipe Pão de Açúcar de triatlo e treinador de dois dos atletas -Paulo Miyashiro e Mariana Ohata.
Para Reis, porém, a evolução natural do esporte seria a "nacionalização da medalha", ou seja, o uso de estratégias que favorecessem um atleta, escolhido ou não.
"São combinações que podem se dar ao longo da prova, com o diálogo entre os atletas, favorecendo quem estiver se sentindo em melhor momento." (MDA)


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