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TRIATLO
Estratégia visava obtenção de medalha em Atenas
Confederação descarta tática de equipe sugerida por patrocinador
DA REPORTAGEM LOCAL
A Confederação Brasileira de
Triatlo afastou a hipótese de jogo
de equipe em Atenas e afirmou
que táticas podem ser estudadas
apenas para os próximos Jogos.
O esclarecimento veio em nota
oficial do presidente da entidade,
Carlos Fróes, um dia depois de a
Folha ter publicado a proposta do
Pão de Açúcar, um dos patrocinadores dos seis triatletas brasileiros
que vão à Grécia. A empresa sugeriu que a equipe favorecesse, no
feminino e no masculino, o atleta
com mais chances de pódio.
"Se a gente nunca cogitou isso
antes, não adianta tirar o foco dos
atletas, que precisam se concentrar agora", afirmou Fróes, para
quem a estratégia deveria ter sido
desenvolvida com antecedência.
Há também a questão dos outros patrocinadores. "Você acha
que a Nike ia concordar em ver a
Carla Moreno ajudando a Sandra
Soldan, que é da [concorrente]
Reebok?", questionou o dirigente,
cuja nota afirma que a confederação prefere "deixar o trabalho de
equipe para 2008/2012".
O Pão de Açúcar acatou a decisão. "Em nenhum momento tentamos alguma ingerência. Temos
consciência de que a CBTri é soberana", disse Marco Paulo Reis,
coordenador técnico da equipe
Pão de Açúcar de triatlo e treinador de dois dos atletas -Paulo
Miyashiro e Mariana Ohata.
Para Reis, porém, a evolução
natural do esporte seria a "nacionalização da medalha", ou seja, o
uso de estratégias que favorecessem um atleta, escolhido ou não.
"São combinações que podem
se dar ao longo da prova, com o
diálogo entre os atletas, favorecendo quem estiver se sentindo
em melhor momento."
(MDA)
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