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FUTEBOL
Clube, que não acertou com Mário Sérgio, contrata o técnico gaúcho, ironizado pelo vice Roque Citadini em 2003
Alvo de troça, Tite chega ao Corinthians
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Um ano após ser alvo de troça
no clube, Tite foi apresentado ontem como substituto de Oswaldo
de Oliveira no Corinthians.
Em maio de 2003, o vice de futebol, Antonio Roque Citadini, chegou a dizer a amigos que torcia
para o treinador fechar um acordo com o São Paulo, pois o achava
um técnico fraco. Ele não assinou
com o time do Morumbi.
Tite era a segunda opção dos corintianos. Antes, Mário Sérgio esteve perto de assinar contrato. O
clube não revelou os salários nem
o tempo de compromisso acertados com seu novo treinador.
"Fiquei três anos no Grêmio, se
ficar dois e meio aqui já está
bom", planejou o técnico, demitido pelo São Caetano neste ano.
Antes de comandar o seu primeiro treino, à tarde, ele almoçou
em companhia da cúpula corintiana e fez as pazes com Citadini.
Os dois se envolveram num atrito
em 2001, quando o Grêmio, então
comandado por Tite, bateu o Corinthians na final do Copa do Brasil. Na época, Citadini saiu em defesa de seu treinador naquela decisão, Vanderlei Luxemburgo.
"Houve uma polêmica porque
falaram que o Tite deu um nó tático no Luxemburgo, e eu fiquei do
lado do nosso técnico. Já conversamos e ficamos numa ótima",
declarou Citadini.
Sobre ter dito que torcera para o
treinador acertar com o São Paulo, em 2003, o dirigente afirmou
apenas que fizera uma brincadeira com o clube do Morumbi.
"Não sabia desse episódio, mas
tenho certeza de que toda a diretoria confia no meu trabalho, por
isso aceitei o convite", falou Tite.
A primeira atitude dos dirigentes após apresentarem o novo comandante foi negar que ele tenha
sido a segunda opção do clube.
"Na segunda-feira, conversamos com o Mário Sérgio, mas
também com o Tite", disse Paulo
Angioni, diretor de futebol, que
acrescentou ter sido dele a decisão
de escolher o novo comandante
da equipe do Parque São Jorge.
Segundo o diretor, o clube já havia feito contatos com dois jogadores que interessam, mas agora
o treinador será ouvido a respeito.
Tite disse que vai analisar o grupo, mas já sabe que quer reforços.
Antes de sua chegada, a prioridade era encontrar um armador.
O substituto de Oliveira chegou
acompanhado de Cleber Xavier e
Joel Cornelli, seus auxiliares.
Assim como Tite, Xavier já teve
atrito com os corintianos. Em
2001, foi descoberto como espião
do Grêmio num treino e retirado
por seguranças, enquanto gritava
que estava sendo agredido.
"Fiquei assustado quando eles
me cercaram e criei aquela situação, mas ninguém me bateu", disse. Ontem, ele reencontrou com
seguranças que estavam no clube
na ocasião e riu do episódio.
Os integrantes da comissão técnica de Oliveira, que seriam demitidos caso Mário Sérgio chegasse,
serão mantidos. Só Waldemar de
Oliveira, irmão do treinador, foi
dispensado. No Corinthians, Tite
terá três auxiliares técnicos. Além
dos dois que trouxe, o ex-volante
Márcio continua no clube.
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