São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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entrevista

"Andrada do tênis" diz que aceita fardo

DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 21 anos, o sueco Robin Soderling, 49º do mundo, sabe o que o espera em Roland Garros: a quase certeza de ser lembrado, para o resto da carreira, como o homem batido por Rafael Nadal no dia em que o espanhol atingiu a maior seqüência de vitórias no saibro da história. "Foi a pior notícia que recebi no ano", declarou Soderling à Folha anteontem, quando soube que encararia Nadal na estréia em Paris. O confronto será amanhã ou na terça-feira -a data não havia sido definida até o fechamento desta edição. O sueco, que deve integrar a equipe que enfrentará o Brasil na Copa Davis no fim de setembro, foi elogiado por um tricampeão em Roland Garros: Gustavo Kuerten. "No saibro, é ele quem tem condições de jogar melhor na equipe da Suécia." (TT)

 

FOLHA - No que pensou quando viu que seria o adversário de Nadal logo na estréia em Paris? ROBIN SODERLING - Fiquei chocado. Custei a acreditar. De 127 adversários que ele teria, seria justo eu?

FOLHA - Teme entrar para a história como um derrotado? SODERLING - Sim, mas vou deixar para pensar nisso só quando o jogo acabar. De qualquer forma, é uma situação desconfortável. Principalmente para mim, que sou jovem. Quero ter uma carreira de muitos anos mais. Mas, se perder, o que vou fazer? É aceitar e seguir em frente. Nadal não é o favorito só nesta partida. É o favorito também para ser campeão.

FOLHA - O que fará para vencer? SODERLING - Acho que Nadal não tem um backhand tão bom assim. Vou forçá-lo ao máximo e torcer para eu estar em um bom dia.

FOLHA - A imprensa de seu país já considera a partida definida... SODERLING - Sei que tenho poucas chances. Meu técnico [Peter Carlsson, ex-jogador] já falou bastante comigo.

FOLHA - No Brasil, até hoje o goleiro Andrada é lembrado por ter sofrido o milésimo gol de Pelé. Acha que vão recordar de você da mesma maneira? SODERLING - Sim. É por aí.


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