São Paulo, quinta-feira, 28 de maio de 2009

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Palmeiras busca calibrar pontaria contra uruguaios

Diante do Nacional, pelas quartas de final da Libertadores, time quer acabar com jejum de três jogos sem marcar gols

Brasileiros padecem com fraco aproveitamento nas finalizações mesmo tendo o melhor ataque do torneio, com 17 gols em dez duelos


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pontaria não tem sido o forte do Palmeiras em 2009. E é justamente no momento mais importante da temporada, quando o time abre as quartas de final da Libertadores diante do Nacional, hoje à noite, que o time vai precisar calibrá-la.
Se o problema fosse apenas o recente jejum de três partidas sem anotar gols, sendo duas pelo Brasileiro, não preocuparia tanto a equipe alviverde.
O que incomoda o elenco antes do confronto diante dos uruguaios é a queda de rendimento do time nas finalizações, em comparação com a média no Campeonato Paulista.
Se no Estadual os jogadores acertavam quase 39% dos chutes a gol, na Libertadores o aproveitamento beira os 28%.
Apesar de ser, ao lado do Grêmio, dono do melhor ataque do torneio, com 17 tentos, sete deles (mais de 41%) foram contra o fraquíssimo Real Potosí, da Bolívia, na primeira fase -uma espécie de repescagem da Libertadores.
Ou seja, desde que estreou na etapa de grupos, o Palmeiras marcou dez tentos em oito duelos, pouco mais de um por jogo.
O Grêmio, que não jogou a repescagem, fez os mesmos 17 gols, mas em nove duelos, incluindo o 1 a 1 ante o Caracas.
Somadas as apresentações palmeirenses a partir da segunda fase, o time arriscou 120 chutes a gol e só acertou 34.
"Não acho que seja questão de treino. A gente sempre treina finalização. No jogo, depende muito da ocasião. O Palmeiras tem criado muitas chances e, se a bola não entrou nos dois últimos jogos, foi por fatalidade", diz o atacante Keirrison.
O centroavante, que vem sendo criticado por parte da torcida devido às suas últimas exibições, é o artilheiro do time no interclubes, com seis tentos.
O camisa 9 também tem boa média de acertos nos arremates. Dos 21 que tentou, acertou dez (quase 48%). E carimbou a trave em outros quatro.
"A gente procura fazer nos jogos aquilo que treinamos. Nossa média de finalizações é boa, só está faltando colocar a bola para dentro", afirma o atacante Ortigoza, que marcou um gol nesta Libertadores.
O defeito no fundamento não vem atrapalhando o Palmeiras apenas no torneio continental.
No Brasileiro, em que o time só fez dois gols em três partidas, a pontaria é ainda menos eficaz. Dono do terceiro pior ataque neste início de campeonato, a equipe acerta pouco mais de 27% das finalizações.
"É claro que uma hora a bola vai voltar a entrar", aposta Keirrison, que destaca a importância de o time não ser vazado hoje, devido ao peso que possui o gol marcado fora de casa. A partida de volta, em Montevidéu, acontecerá em 17 de junho.


NA TV - Palmeiras x Nacional
Sportv, ao vivo, às 22h



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