DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de estar em menor número, os são-paulinos cumpriram ontem a promessa de transformar o clássico num duelo entre o verde e o "amarelo". Numa referência às sucessivas falhas do time em momentos decisivos, a maioria dos torcedores do São Paulo, localizada no tobogã do Pacaembu, vestia camisetas amarelas.
O amarelo perseguiu o São Paulo, já que o trio de arbitragem também usava a cor.
Os torcedores ainda exibiam faixa que perguntava "As tuas glórias vêm do passado?", citando o hino do time do Morumbi, e soltaram fumaça amarela quando a equipe entrou em campo.
Os protestos não pararam por aí. Em vez de gritar os nomes dos jogadores atuais, a torcida lembrou os bicampeões do Mundial interclubes, como Zetti, Ronaldão e Raí. Depois, passou a hostilizar o goleiro Rogério e o atacante Luis Fabiano.
As críticas acabaram ganhando o "reforço" dos palmeirenses, que cantavam para os rivais: "Pipoqueiro, bambi pipoqueiro".
Na mesma melodia da canção "Sorte Grande", interpretada por Ivete Sangalo, os são-paulinos cantavam "Pipoca, time de pipoca" após Vágner abrir o placar.
As torcidas se uniram de vez quando os principais criticados do São Paulo falharam. "Luis Pipoqueiro" virou coro em todo o estádio quando o atleta perdeu o pênalti. Depois, Rogério virou o alvo da "união" após falhar no segundo gol.
A inusitada aliança rachou a torcida são-paulina. Após o lateral-direito Cicinho descontar, os fãs das numeradas começaram a insultar a organizada Tricolor Independente, que arquitetou os protestos. (MDA E EAR)


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