DA REPORTAGEM LOCAL

O governo federal aprovou a injeção de R$ 11,8 milhões no Pinheiros por meio da lei de incentivo, em dinheiro que tem de ser investido na base. Só que, por enquanto, o clube paulista só conseguiu captar R$ 3,1 milhões no mercado, valor que está autorizado a gastar.
Até agora, o Bradesco, que também usou a lei em projetos de outros clubes, é quem mais investiu no Pinheiros.
O projeto abrange 800 atletas, em diversas modalidades. Por enquanto, seu período se estende a três meses. Porém há a possibilidade de expansão caso o clube consiga captar mais dinheiro no mercado.
"Esse dinheiro é completamente independente do nosso projeto olímpico, da contratação de atletas. Só será usado na base", afirmou o presidente do Pinheiros, Alberto Moreno Neto. "Estamos lutando para conseguir complementar o valor captador para expandir o prazo de investimento", completou.
Estão incluídos no projeto o cadastramento físico e exames médicos, meios de transporte, apoio psicológico, alojamentos e alimentação para os novos atletas que seriam desenvolvidos na base do clube.
O ministro do Esporte, Orlando da Silva Jr., chegou a ir ao clube na assinatura do convênio, quando qualificou o Pinheiros como o maior celeiro de esportistas do Brasil.
A política de aplicação da lei de incentivo, por enquanto, tem privilegiado clubes grandes e com maior estrutura, como São Paulo, Minas Tênis e Atlético-MG. Isso porque eles contam com estruturas jurídicas e de captação mais capacitadas para realizar os projetos, o que facilita o andamento dentro da comissão que aprova essas propostas.
No momento, o Pinheiros coloca em prática 16 modalidades, ou seja, é bastante eclético. Isso contraria política do COB, que preferia que clubes se especializassem em poucas modalidades para aumentar a capacidade de investimento.
O orçamento atual do Pinheiros vem, primordialmente, das mensalidades dos sócios, que somam 36 mil.
"Queremos usar os atletas olímpicos para expandir nossos departamentos amadores com novos atletas", contou o dirigente do clube. (LF E RM)


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