São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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memória

Carioca virou potência com "atleta turista"

DA REPORTAGEM LOCAL

Última potência olímpica como clube, em Sydney-2000, o Vasco conseguiu 41% da equipe olímpica do Brasil com atletas que nem sequer freqüentavam o clube.
De curto prazo, com interesse específico na Olimpíada, o modelo gerou diversas ações trabalhista por descumprimento de contratos, já que o Vasco deixou de pagar atletas assim que os Jogos acabaram.
Na ocasião, a diretoria vascaína contratou 84 atletas, desde as jogadores de vôlei de praia Adriana Behar e Shelda até o nadador Gustavo Borges. Isso numa época em que a delegação brasileira tinha 205 competidores.
A maioria desses atletas só tinha vínculo com o clube por usar o símbolo durante competições e receber salários vultosos. O Vasco inchou o mercado ao oferecer valores que não eram compatíveis com o mercado.
Foi impulsionado pelo dinheiro recebido na parceria com o Nations Bank, que investiu no clube e depois rompeu. Na época, usou em torno de R$ 14 milhões só no início do projeto olímpico.
Foi um investimento paralelo ao que aconteceu no futebol, em que o clube também pagava os maiores salários do país, com nomes como Romário e Edmundo.
Ocorria quando o então presidente do Vasco, Eurico Miranda, desenvolvia carreira na política, tendo sido eleito para um mandato de deputado federal. Perdeu a eleição seguinte.
Nos Jogos, o cartola desfilava por Sydney para falar com seus atletas e divulgar o nome do Vasco. E chegou a criar atritos com o COB.
Após a Olimpíada, longe dos holofotes, Eurico cortou o salário de quase todos os atletas. Isso gerou uma massa de processo trabalhistas que até hoje não foram pagos pelo clube, já que foi caracterizado um vínculo trabalhista com os atletas.
Contribuiu para a confusão o fracasso da parceria com o Nations, o que gerou a penúria vascaína. (LF E RM)


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