São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

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Brasil x Chile

Seleção joga mata-mata das oitavas de final em Johannesburgo, às 15h30

EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO

A Copa do Mundo africana se desenha sul-americana. Nada melhor para o Brasil, que inicia hoje, às 15h30, o mata-mata diante do Chile, em Johannesburgo, e reina absoluto contra os adversários de sua região em partidas em que é tudo ou nada.
A seleção não sabe o que é ser eliminada por um rival sul-americano num torneio oficial desde 95, quando caiu, nos pênaltis, na final da Copa América ante o Uruguai, em Montevidéu.
Contando apenas os 90 minutos, o último revés brasileiro para um vizinho no tudo ou nada ocorreu no Mundial da Itália, em 1990, quando a equipe nacional perdeu para a Argentina por 1 a 0 nas oitavas de final do torneio.
O fracasso foi batizado de Era Dunga. O atual treinador da seleção jogou aquela partida e carrega até hoje, injustamente, o fardo pelo revés.
O caminho brasileiro na África pode colocar o time de Dunga frente a frente com o Uruguai, nas semifinais, e com a Argentina, na decisão.
Após a final da Copa América de 95, a seleção enfrentou seus vizinhos em 12 duelos de tudo ou nada em Mundiais, Copa América e Copa das Confederações. E sempre deixou o campo vitoriosa.
Marcou 39 gols, sofreu apenas 11. E venceu três disputas de pênaltis, quando a tensão é muito maior.
Nas últimas duas décadas, o Brasil reina na América do Sul. Das últimas cinco Copas Américas, a seleção foi campeã em quatro. E, quando perdeu, foi eliminada por Honduras, rival da América Central, na edição de 2001.

FREGUÊS
O poderio brasileiro no continente sul-americano tem sido demonstrado fortemente também na qualificação para o Mundial. O Brasil encerrou as últimas duas eliminatórias como líder.
Com esse retrospecto imponente, o maior "saco de pancadas" da seleção sob o comando de Dunga só poderia ser uma equipe sul-americana. E é justamente o rival de hoje em Johannesburgo.
Em 2007, as equipes jogaram três vezes. O Brasil marcou 4 a 0 num amistoso, 3 a 0 na Copa América da Venezuela, na fase de grupos, e 6 a 1 nas quartas de final.
Nas eliminatórias para a Copa-10, foram duas vitórias brasileiras (3 a 0 e 4 a 2). Em Copas, mais duas vitórias: 4 a 2 nas semifinais, em 1962, e 4 a 1 nas oitavas, em 1998.
"Sabemos que o que importa é sempre a próxima partida. O que vale da estatística é conversar com os amigos para dizer que ganhou essas partidas", afirmou Dunga, que elogiou os vizinhos continentais.
"A gente tem outras quatro equipes sul-americanas nesta fase. Isso demonstra que o futebol do continente está muito competitivo", falou.
"Todos os que estão aqui sabem que, quando o jogo é eliminatório, muda. Cada jogo agora é um campeonato diferente", analisou Dunga.


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