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Brasil x Chile
Seleção joga mata-mata das oitavas de final em Johannesburgo, às 15h30
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO
A Copa do Mundo africana
se desenha sul-americana.
Nada melhor para o Brasil,
que inicia hoje, às 15h30, o
mata-mata diante do Chile,
em Johannesburgo, e reina
absoluto contra os adversários de sua região em partidas em que é tudo ou nada.
A seleção não sabe o que é
ser eliminada por um rival
sul-americano num torneio
oficial desde 95, quando
caiu, nos pênaltis, na final da
Copa América ante o Uruguai, em Montevidéu.
Contando apenas os 90
minutos, o último revés brasileiro para um vizinho no tudo ou nada ocorreu no Mundial da Itália, em 1990, quando a equipe nacional perdeu
para a Argentina por 1 a 0 nas
oitavas de final do torneio.
O fracasso foi batizado de
Era Dunga. O atual treinador
da seleção jogou aquela partida e carrega até hoje, injustamente, o fardo pelo revés.
O caminho brasileiro na
África pode colocar o time de
Dunga frente a frente com o
Uruguai, nas semifinais, e
com a Argentina, na decisão.
Após a final da Copa América de 95, a seleção enfrentou seus vizinhos em 12 duelos de tudo ou nada em Mundiais, Copa América e Copa
das Confederações. E sempre
deixou o campo vitoriosa.
Marcou 39 gols, sofreu
apenas 11. E venceu três disputas de pênaltis, quando a
tensão é muito maior.
Nas últimas duas décadas,
o Brasil reina na América do
Sul. Das últimas cinco Copas
Américas, a seleção foi campeã em quatro. E, quando
perdeu, foi eliminada por
Honduras, rival da América
Central, na edição de 2001.
FREGUÊS
O poderio brasileiro no
continente sul-americano
tem sido demonstrado fortemente também na qualificação para o Mundial. O Brasil
encerrou as últimas duas eliminatórias como líder.
Com esse retrospecto imponente, o maior "saco de
pancadas" da seleção sob o
comando de Dunga só poderia ser uma equipe sul-americana. E é justamente o rival
de hoje em Johannesburgo.
Em 2007, as equipes jogaram três vezes. O Brasil marcou 4 a 0 num amistoso, 3 a 0
na Copa América da Venezuela, na fase de grupos, e 6 a
1 nas quartas de final.
Nas eliminatórias para a
Copa-10, foram duas vitórias
brasileiras (3 a 0 e 4 a 2). Em
Copas, mais duas vitórias: 4 a
2 nas semifinais, em 1962, e 4
a 1 nas oitavas, em 1998.
"Sabemos que o que importa é sempre a próxima
partida. O que vale da estatística é conversar com os amigos para dizer que ganhou
essas partidas", afirmou
Dunga, que elogiou os vizinhos continentais.
"A gente tem outras quatro
equipes sul-americanas nesta fase. Isso demonstra que o
futebol do continente está
muito competitivo", falou.
"Todos os que estão aqui
sabem que, quando o jogo é
eliminatório, muda. Cada jogo agora é um campeonato
diferente", analisou Dunga.
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