São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Terror dos baixinhos

Robinho tenta mostrar diante do Chile o tradicional brilho contra rivais que têm baixa estatura de seus 19 gols contra o Chile na era Dunga

DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

Robinho vai enfrentar hoje seu oponente preferido.
Em três confrontos diante dos chilenos, o camisa 11 anotou 6 dos 19 gols que fazem dele o vice-artilheiro da seleção brasileira na era Dunga -Luis Fabiano fez 21.
Foram cinco gols nos dois duelos pela Copa América da Venezuela, em 2007 (vitórias brasileiras por 3 a 0 e 6 a 1) e mais um pelas eliminatórias, em Santiago (3 a 0).
"É coisa de Deus", declarou um sorridente Robinho, ontem, em entrevista coletiva. "Levo mais sorte, não sei. Espero que possa continuar melhor ou igual."
Mas a alta produtividade de Robinho contra os chilenos não é coincidência ou obra divina. O atacante do Santos costuma se dar bem e fazer gols quando o time adversário tem baixa estatura.
Os "nanicos" sofrem para frear Robinho, e o brasileiro sofre contra grandalhões.
Robinho, 1,75 m, também fez a festa contra rivais baixos de Venezuela, Tanzânia e Equador, por exemplo.
A seleção chilena que veio para a Copa do Mundo tem média de altura de 1,76 m -quase seis centímetros a menos do que o Brasil.
Dos 19 gols de Robinho sob o comando do atual treinador da seleção, só três foram contra as geralmente altas e fortes equipes europeias: dois na Irlanda, um na Itália.
Diante dos atuais campeões do mundo, Robinho teve uma de suas melhores atuações com a camisa do Brasil. Deu um baile em Fabio Cannavaro, 1,75 m, que tem pouca altura em relação à maioria dos zagueiros. Contra a Costa do Marfim, foi vigiado por Guy Demel, 1,91 m. Teve atuação discreta.

DESFALQUES CHILENOS
Hoje, o técnico do Chile, Marcelo Bielsa, não poderá contar com o segundo jogador mais alto de seu elenco. O zagueiro Waldo Ponce, 1,83 m, levou o terceiro cartão amarelo ante a Espanha, no último jogo chileno na fase de grupos, e está suspenso.
Seu companheiro de zaga, Gary Medel, de 1,71 m, tampouco enfrentará o Brasil, pelo mesmo motivo.
Robinho, maior pesadelo da torcida chilena, afirmou várias vezes que "é preciso respeitar o adversário".
Questionado por um repórter chileno sobre os motivos do respeito, já que o retrospecto é amplamente favorável ao Brasil, falou: "Estatística não serve pra nada".
O camisa 11 volta ao time depois de ter sido poupado contra Portugal. "Senti uma pequena dor na coxa." Nilmar, titular ao lado de Luis Fabiano no ataque sexta, volta a ser reserva. (EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


Texto Anterior: Jogo é em estádio que rendeu taça ao Brasil
Próximo Texto: Atacante busca hoje 1º gol em Copa do Mundo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.