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Terror dos baixinhos
Robinho tenta mostrar diante do Chile o tradicional brilho contra rivais que têm baixa estatura
de seus 19 gols
contra o Chile
na era Dunga
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
Robinho vai enfrentar hoje
seu oponente preferido.
Em três confrontos diante
dos chilenos, o camisa 11
anotou 6 dos 19 gols que fazem dele o vice-artilheiro da
seleção brasileira na era
Dunga -Luis Fabiano fez 21.
Foram cinco gols nos dois
duelos pela Copa América da
Venezuela, em 2007 (vitórias
brasileiras por 3 a 0 e 6 a 1) e
mais um pelas eliminatórias,
em Santiago (3 a 0).
"É coisa de Deus", declarou um sorridente Robinho,
ontem, em entrevista coletiva. "Levo mais sorte, não sei.
Espero que possa continuar
melhor ou igual."
Mas a alta produtividade
de Robinho contra os chilenos não é coincidência ou
obra divina. O atacante do
Santos costuma se dar bem e
fazer gols quando o time adversário tem baixa estatura.
Os "nanicos" sofrem para
frear Robinho, e o brasileiro
sofre contra grandalhões.
Robinho, 1,75 m, também
fez a festa contra rivais baixos de Venezuela, Tanzânia e
Equador, por exemplo.
A seleção chilena que veio
para a Copa do Mundo tem
média de altura de 1,76 m
-quase seis centímetros a
menos do que o Brasil.
Dos 19 gols de Robinho sob
o comando do atual treinador da seleção, só três foram
contra as geralmente altas e
fortes equipes europeias:
dois na Irlanda, um na Itália.
Diante dos atuais campeões do mundo, Robinho teve uma de suas melhores
atuações com a camisa do
Brasil. Deu um baile em Fabio Cannavaro, 1,75 m, que
tem pouca altura em relação
à maioria dos zagueiros. Contra a Costa do Marfim, foi vigiado por Guy Demel, 1,91 m.
Teve atuação discreta.
DESFALQUES CHILENOS
Hoje, o técnico do Chile,
Marcelo Bielsa, não poderá
contar com o segundo jogador mais alto de seu elenco. O
zagueiro Waldo Ponce, 1,83
m, levou o terceiro cartão
amarelo ante a Espanha, no
último jogo chileno na fase
de grupos, e está suspenso.
Seu companheiro de zaga,
Gary Medel, de 1,71 m, tampouco enfrentará o Brasil,
pelo mesmo motivo.
Robinho, maior pesadelo da torcida chilena, afirmou
várias vezes que "é preciso
respeitar o adversário".
Questionado por um repórter chileno sobre os motivos do respeito, já que o retrospecto é amplamente favorável ao Brasil, falou: "Estatística não serve pra nada".
O camisa 11 volta ao time
depois de ter sido poupado
contra Portugal. "Senti uma
pequena dor na coxa." Nilmar, titular ao lado de Luis
Fabiano no ataque sexta, volta a ser reserva.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO
COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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