São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

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ANÁLISE

Fifa erra no gramado, na bola e na arbitragem

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO

Antes da Copa-2010, havia temor em relação à infraestrutura do evento, sob responsabilidade de organizadores da África do Sul.
Durante o Mundial, têm gerado mais controvérsia questões relacionadas à estrutura técnica do futebol, sob os cuidados da Fifa.
Para garantir a qualidade do jogo, a entidade tem de exibir eficiência em três fatores que sofrem questionamentos neste Mundial: campo, bola e arbitragem.
Ontem, a arbitragem gerou dois lances irregulares. A bola entrou no gol em chute do inglês Lampard, contra a Alemanha. Nem árbitro nem assistente viram. A Fifa não permite sensor na bola para identificar erros como esse.
Tevez estava impedido quando marcou o primeiro gol argentino diante do México. De novo, o assistente não viu. E não pôde conferir o lance irregular claro mostrado pelos telões, pois a Fifa veta esse tipo de procedimento.
No intervalo desse jogo, voluntários sul-africanos tapavam buracos do campo.
Prejudicados pelo clima, previsível nesta época do ano, os gramados estão secos e amarelados, no interior, ou encharcados, no litoral.
Se a superfície não ajuda, a bola também não. Jogadores e técnicos reclamaram da Jabulani, criada pela Adidas.
Para o goleiro Julio César, parece bola de supermercado. Para Maradona, é impossível lhe dar o efeito desejado. A Fifa diz que irá discutir o tema com a fabricante.
Até agora, só medidas da Fifa causam revolta nos envolvidos neste Mundial.


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