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ANÁLISE
Fifa erra no gramado, na bola e na arbitragem
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
Antes da Copa-2010, havia
temor em relação à infraestrutura do evento, sob responsabilidade de organizadores da África do Sul.
Durante o Mundial, têm
gerado mais controvérsia
questões relacionadas à estrutura técnica do futebol,
sob os cuidados da Fifa.
Para garantir a qualidade
do jogo, a entidade tem de
exibir eficiência em três fatores que sofrem questionamentos neste Mundial: campo, bola e arbitragem.
Ontem, a arbitragem gerou dois lances irregulares. A
bola entrou no gol em chute
do inglês Lampard, contra a
Alemanha. Nem árbitro nem
assistente viram. A Fifa não
permite sensor na bola para
identificar erros como esse.
Tevez estava impedido
quando marcou o primeiro
gol argentino diante do México. De novo, o assistente não
viu. E não pôde conferir o
lance irregular claro mostrado pelos telões, pois a Fifa veta esse tipo de procedimento.
No intervalo desse jogo,
voluntários sul-africanos tapavam buracos do campo.
Prejudicados pelo clima,
previsível nesta época do
ano, os gramados estão secos
e amarelados, no interior, ou
encharcados, no litoral.
Se a superfície não ajuda,
a bola também não. Jogadores e técnicos reclamaram da
Jabulani, criada pela Adidas.
Para o goleiro Julio César,
parece bola de supermercado. Para Maradona, é impossível lhe dar o efeito desejado. A Fifa diz que irá discutir
o tema com a fabricante.
Até agora, só medidas da
Fifa causam revolta nos envolvidos neste Mundial.
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