|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Time vê Luis Fabiano passar em branco, não acerta a pontaria contra o Flamengo e perde dois pontos aos 46min
São Paulo cede empate no último minuto
DA REPORTAGEM LOCAL
Um gol do Flamengo no último
minuto de jogo tirou do São Paulo
a chance de convencer seu ex-técnico Oswaldo de Oliveira de que a
defesa é o melhor ataque. O 1 a 1
de ontem no Maracanã mostrou
que o estilo Roberto Rojas precisa
de melhoras, segundo o próprio
treinador são-paulino.
Rojas viu seus jogadores se encherem de cartões amarelos, marcarem apenas uma vez (o goleador Luis Fabiano passou em
branco) e sucumbirem aos 46min
em um lance de bola parada.
"Temos que aprender que não
se pode perder as chances que
criamos", disse o chileno, em referência à performance do seu time
no segundo tempo -à frente no
placar, os são-paulinos desperdiçaram bons contra-ataques com
chutes de fora da área pouco perigosos ao gol de Júlio César.
Já para o agora flamenguista
Oswaldo de Oliveira, que havia
aplaudido o esquema do rival Rojas no intervalo -quando perdia
por 1 a 0-, o empate corou a sua
opção pelo jogo ofensivo. "Não
era justo que perdêssemos. O gol
do Ânderson fez justiça."
Estilos
A justiça a que Oliveira fez referência tem a ver com o placar de
finalizações da partida: Flamengo
21 x 11 São Paulo. Tem a ver também com as vezes que o time do
Rio testou a defesa adversária
com cruzamentos: 34 x 11 dos
paulistas, que erraram todos.
Além de o clube carioca ter trocado mais passes que os rivais: 313
(88% de eficiência) x 299 (81%).
Em campo, enfim, o que se viu
foi a evidente diferença dos estilos
Oswaldo de Oliveira e Rojas.
Se o Flamengo se destacou nos
rankings ofensivos analisados pelo Datafolha, o São Paulo fez bem
o "seu": defendeu-se bem (120 desarmes contra 99 dos donos da casa) e atacou poucas vezes (acertou
5 dos 11 chutes que deu contra o
gol flamenguista, média de 45%
de aproveitamento).
Diego e Luis Fabiano ficaram
deslocados no ataque à espera dos
lançamentos e passes longos.
Ricardinho, de volta aos campos depois de quatro semanas, foi
a referência da equipe. Foi dos pés
do meia, que deixou o campo como são-paulino mais acionado
(39 bolas recebidas), que saiu a jogada do gol são-paulino, aos
31min do primeiro tempo.
Ricardinho recebeu de costas
para o gol, tocou para Luis Fabiano, que deixou a bola passar para
o seu "clone" Diego chutar no
canto esquerdo de Júlio César.
O jogo transcorreu como se o
pragmatismo são-paulino fosse
triunfar mais uma vez fora de casa. O Flamengo atacava, perdia a
bola ou finalizava mal, e o São
Paulo avançava com rapidez. Rojas pedia calma do lado de fora do
gramado, mas não era atendido.
Rico, que entrou no lugar de
Diego no começo do segundo
tempo, interrompeu duas boas
arrancadas do São Paulo com
chutes bisonhos de longa distância. Ricardinho também chutou
nas mãos de Júlio César. Luis Fabiano, pouco inspirado, não fez a
diferença em lances individuais.
O castigo veio aos 46min.
Depois de ter feito três boas defesas, Roger, atrapalhado pelo
desvio da bola, falhou e não conseguiu defender a cobrança de falta do lateral Ânderson.
O gol foi festejado de forma frenética por Oliveira. Com ele, o
Flamengo segue invicto com resultados heróicos: o empate de
ontem e a vitória de virada sobre
Internacional na rodada anterior.
Já Rojas viu a distância para o
Cruzeiro aumentar mais com os
pontos perdidos naquela cobrança de falta, que entrou no canto
esquerdo de Roger. O último lance do jogo do Maracanã.
Na quarta, em Porto Alegre, o
São Paulo estréia na seletiva brasileira da Copa Sul-Americana.
Além de Grêmio, o time vai enfrentar o Vasco no triangular de
turno único que vai classificar o
melhor para a fase seguinte. Pelo
Brasileiro, o time volta a campo
sábado, contra o Internacional.
Texto Anterior: Grêmio sente a pressão dos cem anos Próximo Texto: Roger falha e coloca a culpa na barreira Índice
|