DA ENVIADA AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

Com ingressos da outra semifinal, dezenas de torcedores ficaram do lado de fora do Maracanãzinho.
Sem saber que o bilhete informava o número da partida anterior, centenas foram ao ginásio assistir ao jogo da seleção. Com tumulto, a maioria conseguiu entrar na arena. O restante ficou de fora.
""É um absurdo. Comprei estes ingressos há meses, gastei cerca de R$ 500 e terei que voltar. Uma vergonha", disse a fotógrafa Ana Regina Franco, que deixou os portões do Maracanãzinho no fim do primeiro set com sete parentes. Nenhum entrou.
Orientadas por voluntários a procurarem o ouvidor, dezenas de pessoas se aglomeraram no portão 17 do Complexo do Maracanã. Foram reprimidos com gás pimenta pela PM.
""O policial disse que o gás não ardia e jogou bem na minha cara. Não quero confusão, só meu direito", disse a advogada Rosângela Maciel, que estava com as duas filhas adolescentes assustadas e chorando.
Dentro do ginásio, com cópia da programação usada no dia da compra dos bilhetes, cerca de 40 pessoas ficaram no ginásio após a partida da tarde. Negaram-se a sair e foram recolocadas no pior setor da arquibancada. Alguns viram o jogo das escadas.
Lilian Bonzada, 29, teve de subir e descer escadas com a irmã Barbara, 26, deficiente física, que caminhava com auxílio de um andador. ""A gente devia estar em um lugar com assento especial. Estávamos em um lugar bom, mas nos tiraram de lá", falou ela. O Co-Rio disse que tentou atender a todos. (ML E SR)


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