São Paulo, sábado, 28 de julho de 2007

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ORGANIZAÇÃO

Caos aéreo causa temor na festa de encerramento

Parte da programação do evento, que acontece amanhã, depende de materiais que estão em São Paulo e no exterior

Cerimônia fará homenagem ao mortos no acidente em Congonhas e verá os atletas desfilarem sem divisão por país, a fim de evitar vaias

LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO

Fortalecidos com o bom resultado da cerimônia de abertura, os responsáveis pela festa de encerramento só temem um adversário amanhã, no Maracanã, a partir das 17h: o caos aéreo. Parte da programação depende da chegada a tempo de pessoas e materiais vindos de São Paulo e do exterior.
Os detalhes são mantidos em sigilo, mas se sabe que a homenagem às vítimas do acidente com o avião da TAM em Congonhas será feita com materiais que estão na capital paulista. Espera-se que o envio para o Rio seja feito hoje.
"Seria um absurdo fazermos uma festa fingindo que nada aconteceu. Não daria para ficarmos alienados e insensíveis", diz o designer Luiz Stein sobre a homenagem. Ele e a carnavalesca Rosa Magalhães dirigem a festa de amanhã, como fizeram na abertura.
Um dos números da cerimônia será realizado por artistas mexicanos, em função de o próximo Pan ser em Guadalajara, em 2011. O CO-Rio não divulga mais informações, na tentativa de manter a surpresa do espetáculo, mas até quinta-feira passada o grupo mexicano ainda não tinha embarcado para o Brasil. Eles serão precedidos no palco de brasileiros vestidos de mariachis (músicos tradicionais do México).
O uruguaio Jorge Drexler, Oscar de melhor canção em 2005 com "Al Otro Lado del Río" (do filme "Diários de Motocicleta"), vem da Espanha, onde mora, para participar da cerimônia de encerramento.
A música será a estrela das duas horas de festa. Um panorama da música popular brasileira será mostrado no Maracanã, com a participação de, entre outros, Lenine e Danilo Caymmi. O filho mais novo de Dorival Caymmi cantará uma música do pai ("O Vento") ao lado da filha, Alice, 17, e num arranjo do irmão Dori. Na verdade, ele simulará cantar, já que tudo foi gravado em estúdio sob a direção de Alê Siqueira.
"Achei muito bonito o trabalho do Alê na abertura, escolhendo uma música não-comercial como "Acalanto", do meu pai, e no conceito da festa de encerramento, uma grande homenagem à música brasileira", diz Danilo.
A seqüência de números musicais terminará em funk, com Fernanda Abreu (mulher de Stein) e DJ Marlboro. "É o gênero mais festivo do Rio e que fez mais sucesso na boate da Vila do Pan. Ao que parece, as americanas iam à loucura", diz.
Embora haja momentos protocolares, como o apagar da pira e a passagem de bastão do prefeito do Rio para o prefeito de Guadalajara, a idéia é que seja mais uma festa do que uma solenidade. Os atletas entrarão juntos no estádio, sem divisão por países, o que poderá favorecer a confraternização e evitar as vaias dirigidas a argentinos e norte-americanos na abertura.
Também vaiado no último dia 13, o presidente Lula será representado pelo vice-presidente José Alencar.


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