São Paulo, sábado, 28 de julho de 2007

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"A Ferrari teria sido punida", diz Todt

Para francês, caso é como jogo com cartas marcadas

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia após a decisão da FIA de não punir a McLaren apesar de admitir que a equipe violou o Código Desportivo Internacional, a Ferrari manteve o discurso indignado da véspera.
Desta vez, o porta-voz das críticas à entidade que comanda o esporte foi Jean Todt, CEO da escuderia de Maranello.
Em comunicado distribuído à imprensa, o dirigente francês comparou o fato de a McLaren ter tido acesso a informações confidenciais de seu time a um jogo. "É como jogar pôquer com um adversário que sabe as cartas que você tem na mão."
"Queria saber o que teria acontecido se fosse o contrário", reclamou o dirigente francês. "Queria ver se tivessem encontrado na casa do projetista-chefe da Ferrari 780 documentos secretos de outro time..."
Todt ainda acusou a rival de ter se beneficiado dos dados desde o início do Mundial.
"Durante a reunião da entidade, todos os dirigentes da McLaren admitiram que seu projetista-chefe [Mike Coughlan] obteve em março, antes do GP da Austrália, documentos de Nigel Stepney [ex-ferrarista]", afirmou.
"Alguns desses dados foram usados para pedir um esclarecimento à FIA, dirigido claramente a nós", completou o dirigente, em referência a um "questionamento" feito pela McLaren após a abertura do Mundial. A equipe perguntava sobre um assoalho móvel, que vinha sendo usado pela Ferrari.
A FIA então resolveu proibir o uso do dispositivo, tornando seus testes mais rígidos. "As informações foram usadas para obter vantagem. Não melhorando a performance deles, mas limitando a nossa", falou.
Ontem, a FIA divulgou o calendário para a próxima temporada da F-1.
As novidades são as corridas de Cingapura e Valência -este se chamará GP da Europa. O GP Brasil vai encerrar o Mundial em 2 de novembro.


Com agências internacionais


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