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"A Ferrari teria sido punida", diz Todt
Para francês, caso é como
jogo com cartas marcadas
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia após a decisão da FIA
de não punir a McLaren apesar
de admitir que a equipe violou
o Código Desportivo Internacional, a Ferrari manteve o discurso indignado da véspera.
Desta vez, o porta-voz das
críticas à entidade que comanda o esporte foi Jean Todt, CEO
da escuderia de Maranello.
Em comunicado distribuído
à imprensa, o dirigente francês
comparou o fato de a McLaren
ter tido acesso a informações
confidenciais de seu time a um
jogo. "É como jogar pôquer
com um adversário que sabe as
cartas que você tem na mão."
"Queria saber o que teria
acontecido se fosse o contrário", reclamou o dirigente francês. "Queria ver se tivessem encontrado na casa do projetista-chefe da Ferrari 780 documentos secretos de outro time..."
Todt ainda acusou a rival de
ter se beneficiado dos dados
desde o início do Mundial.
"Durante a reunião da entidade, todos os dirigentes da
McLaren admitiram que seu
projetista-chefe [Mike Coughlan] obteve em março, antes
do GP da Austrália, documentos de Nigel Stepney [ex-ferrarista]", afirmou.
"Alguns desses dados foram
usados para pedir um esclarecimento à FIA, dirigido claramente a nós", completou o dirigente, em referência a um
"questionamento" feito pela
McLaren após a abertura do
Mundial. A equipe perguntava
sobre um assoalho móvel, que
vinha sendo usado pela Ferrari.
A FIA então resolveu proibir
o uso do dispositivo, tornando
seus testes mais rígidos. "As informações foram usadas para
obter vantagem. Não melhorando a performance deles,
mas limitando a nossa", falou.
Ontem, a FIA divulgou o calendário para a próxima temporada da F-1.
As novidades são as corridas
de Cingapura e Valência -este
se chamará GP da Europa. O
GP Brasil vai encerrar o Mundial em 2 de novembro.
Com agências internacionais
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