DA SUCURSAL DO RIO

Depois de sofrer o "golpe mais duro" desde que assumiu o comando da seleção, o técnico Bernardinho disse ontem que a quadra será o divã do time para conseguir se recuperar até a Olimpíada.
"É um golpe duro, que não faz bem de forma alguma. Agora, temos que saber levar isso. Ou você se levanta e segue em frente ou sucumbe a essa situação. No nosso caso, temos que seguir em frente", afirmou o treinador.
"Temos que nos reconstruir. Vamos conversar muito, mas o mais importante é o que faremos dentro da quadra. O nosso divã será lá. Este é o ambiente de conquista da nossa confiança", acrescentou, visivelmente abatido.
Bernardinho assumiu a culpa pela derrota no Rio. "Nunca houve neste grupo e nunca vai acontecer de apontar dedos. Se existe um culpado, o maior responsável é quem dirige o grupo. No caso, eu", disse o treinador, que no ano passado cortou o levantador Ricardinho na véspera do Pan-07. Melhor da posição no país, o jogador fez falta na Liga Mundial. Marcelinho não conseguiu manter o nível do seu antecessor e chegou a ser substituído nas duas últimas partidas pelo novato Bruno, que é filho do treinador.
O presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Ary Graça Filho, afirmou ontem que o time "deve ter perdido o foco" ao comentar a decepcionante campanha da equipe na Liga Mundial disputada diante de sua torcida.
"Eles treinaram muito peso e ficaram um pouquinho presos. Mas a análise técnica cabe ao Bernardo. Já na Olimpíada, o time vai se soltar. O impacto [do resultado da Liga] será zero [em Pequim]. Os jogadores são experientes e não sofrem pressão de nada", afirmou.0 (SR)


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