São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006

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No sufoco, Palmeiras segura invencibilidade

Marcinho marca aos 43min do 2º tempo, e time chega a 10 jogos sem perder

Ponte Preta 1
Palmeiras 1

DA REPORTAGEM LOCAL

Sempre que questionado a respeito da invencibilidade do Palmeiras depois que o Brasileiro voltou a ser disputado no pós-Copa, Tite dizia que o desempenho apresentado por seus comandados era "anormal, excepcional, atípico".
Uma hora ou outra o time iria perder, costuma repetir o treinador já há algumas semanas.
Ontem, por boa parte do duelo com a Ponte Preta, parecia que a tal hora tinha chegado. Mas não foi desta vez. Com um gol nos minutos finais, o Palmeiras alcançou a marca de dez jogos sem derrota.
Com isso, igualou a série que tinha apresentado no campeonato do ano passado, sob o comando do técnico Leão, e que culminou com a classificação para a Libertadores.
Agora, se ainda não chegou a ponto de pensar em freqüentar as primeiras posições, os palmeirenses já se encontram numa confortável 11ª posição, com 26 pontos -cinco a mais do que o Goiás, o primeiro time dos quatro que estão na zona do rebaixamento.
"O time foi para dentro, teve concentração", dizia um empolgado Tite ao final da partida. "Foi um empate do grupo", comemorava o treinador, a ponto de até confundir os repórteres que o entrevistavam e chegaram a questioná-lo a respeito da "vitória" palmeirense.
Mas, apesar da celebração do técnico, o jogo começou complicado para o Palmeiras.
A Ponte Preta entrou em campo disposta a quebrar a seqüência invicta do Palmeiras marcando a fonte das jogadas ofensivas dos visitantes.
E, para isso, o técnico Marco Aurélio montou um esquema especial para anular a criação pelo lado direito do ataque palmeirense. O zagueiro Rafael Santos foi "colado" a Edmundo. O ala esquerdo Iran trocou a chance de atacar pela missão de impedir os avanços de Paulo Baier no apoio. A estratégia ponte-pretana surtiu efeito no primeiro tempo. Mas se o time da casa ia bem na defesa, no ataque não jogava tão bem.
O resultado disso foi uma etapa inicial carregada de faltas -11 cometidas por cada um dos times- e com poucas (e más) finalizações.
O Palmeiras chutou apenas quatro vezes a gol, e nenhuma delas foi na direção da meta defendida por Jean. A Ponte arriscou mais, com sete tentativas, mas com quase o mesmo aproveitamento: seis arremates para fora.
Porém, na única vez em que acertou o alvo, o time da Campinas fez o gol. Aos 45min, Fábio Baiano avançou pela direita, cruzou para o meio da área e achou o baixinho Vélber entre os zagueiros palmeirenses. O atacante cabeceou a bola e a colocou no fundo da rede.
No segundo tempo, o técnico Tite ainda esperou seis minutos para ver se o time conseguiria se livrar da marcação. Como isso não aconteceu, o treinador resolveu mudar o esquema.
Tite tentou ainda uma segunda mudança tática. Sacou Edmundo e colocou Marcinho para jogar mais à frente, ao lado do até então isolado Enílton.
As alterações empurraram o Palmeiras à frente e o time passou a dominar o jogo.
E, de tanto martelar, a recompensa veio. Wendel fez jogada pela esquerda, bateu cruzado e, no rebote, Marcinho, aos 43min, se jogou para empatar e manter o Palmeiras em fase "anormal, excepcional, atípica", como costuma dizer Tite.


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