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No sufoco, Palmeiras segura invencibilidade
Marcinho marca aos 43min do 2º tempo, e time chega a 10 jogos sem perder
Ponte Preta 1
Palmeiras 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Sempre que questionado a
respeito da invencibilidade do
Palmeiras depois que o Brasileiro voltou a ser disputado no
pós-Copa, Tite dizia que o desempenho apresentado por
seus comandados era "anormal, excepcional, atípico".
Uma hora ou outra o time iria
perder, costuma repetir o treinador já há algumas semanas.
Ontem, por boa parte do duelo com a Ponte Preta, parecia
que a tal hora tinha chegado.
Mas não foi desta vez. Com um
gol nos minutos finais, o Palmeiras alcançou a marca de dez
jogos sem derrota.
Com isso, igualou a série que
tinha apresentado no campeonato do ano passado, sob o comando do técnico Leão, e que
culminou com a classificação
para a Libertadores.
Agora, se ainda não chegou a
ponto de pensar em freqüentar
as primeiras posições, os palmeirenses já se encontram numa confortável 11ª posição,
com 26 pontos -cinco a mais
do que o Goiás, o primeiro time
dos quatro que estão na zona do
rebaixamento.
"O time foi para dentro, teve
concentração", dizia um empolgado Tite ao final da partida.
"Foi um empate do grupo", comemorava o treinador, a ponto
de até confundir os repórteres
que o entrevistavam e chegaram a questioná-lo a respeito
da "vitória" palmeirense.
Mas, apesar da celebração do
técnico, o jogo começou complicado para o Palmeiras.
A Ponte Preta entrou em
campo disposta a quebrar a seqüência invicta do Palmeiras
marcando a fonte das jogadas
ofensivas dos visitantes.
E, para isso, o técnico Marco
Aurélio montou um esquema
especial para anular a criação
pelo lado direito do ataque palmeirense. O zagueiro Rafael
Santos foi "colado" a Edmundo.
O ala esquerdo Iran trocou a
chance de atacar pela missão de
impedir os avanços de Paulo
Baier no apoio. A estratégia
ponte-pretana surtiu efeito no
primeiro tempo. Mas se o time
da casa ia bem na defesa, no
ataque não jogava tão bem.
O resultado disso foi uma
etapa inicial carregada de faltas
-11 cometidas por cada um dos
times- e com poucas (e más)
finalizações.
O Palmeiras chutou apenas
quatro vezes a gol, e nenhuma
delas foi na direção da meta defendida por Jean. A Ponte arriscou mais, com sete tentativas, mas com quase o mesmo
aproveitamento: seis arremates para fora.
Porém, na única vez em que
acertou o alvo, o time da Campinas fez o gol. Aos 45min, Fábio Baiano avançou pela direita, cruzou para o meio da área e
achou o baixinho Vélber entre
os zagueiros palmeirenses. O
atacante cabeceou a bola e a colocou no fundo da rede.
No segundo tempo, o técnico
Tite ainda esperou seis minutos para ver se o time conseguiria se livrar da marcação. Como
isso não aconteceu, o treinador
resolveu mudar o esquema.
Tite tentou ainda uma segunda mudança tática. Sacou
Edmundo e colocou Marcinho
para jogar mais à frente, ao lado
do até então isolado Enílton.
As alterações empurraram o
Palmeiras à frente e o time passou a dominar o jogo.
E, de tanto martelar, a recompensa veio. Wendel fez jogada pela esquerda, bateu cruzado e, no rebote, Marcinho,
aos 43min, se jogou para empatar e manter o Palmeiras em fase "anormal, excepcional, atípica", como costuma dizer Tite.
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